A Renault vai deixar de produzir o comercial de dimensões médias Talento para a Fiat Professional. Um dos motivos é a fusão do construtor italiano com o Grupo PSA.
A Renault vai terminar o acordo com a FCA para a produção de veículos comerciais médios, designadamente o Fiat Talento, devido ao projeto de fusão do construtor italiano com o se rival do Grupo PSA.
O acordo de colaboração foi assinado entre o antigo CEO da Renault Carlos Gosh, ao abrigo do qual a marca francesa produziria o comercial médio Talento para a Fiat na sua fábrica de Sandouville, no norte de França.
De acordo com a administradora executiva da Renault, Clotilde Delbos, a marca francesa irá procurar novos parceiros na área dos veículos comerciais.
O Fiat Talento, que é uma versão do Renault Trafic e Nissan NV300, foi renovado em setembro do ano passado, tendo recebido um motor diesel EcoJet de 2,0 litros, que cumpre a norma de emissões Euro 6d-Temp.
A Fiat também equipou o seu modelo com um sistema de infoentretenimento com ecrã de sete polegadas, compatível com Android Auto e Apple CarPlay.
PSA admite rever preço do Toyota Proace
Além do Fiat Talento também o Opel Vivaro deixou de ser produzido pela Renault. As anteriores gerações do Opel Vivaro e do Renault Trafic foram desenvolvidas pelas duas marcas, sendo a sua produção assegurada pelas fábricas de Sandouville, em França, e Luton, no Reino Unido.
Com a integração da Opel no Grupo PSA, a terceira geração do Vivaro passou a utilizar a plataforma EMP2 do construtor francês.
No que se refere ao Grupo PSA, este revelou que estava disposto a aumentar a sua produção de comerciais ligeiros para a Toyota, procurando, assim, desfazer as dúvidas levantadas pela Autoridade da Concorrência da União Europeia relativamente à fusão com a FCA.
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O Grupo PSA produz o modelo Proace na fábrica de Sevelnord em França, onde também são construídos os modelos Peugeot Expert, Citroën Jumpy e Opel Vivaro. Algumas fontes referem que o Grupo PSA está disposto a vender estes veículos á Toyota a um preço quase de custo.
A FCA e o Grupo PSA anunciaram uma fusão para a criação de uma joint-venture denominada Stellantis, permitindo, assim, criar o quatro maior construtor automóvel em termos de volume de produção.