Renault altera estratégia na China. Combustão trocada por elétricos.

A Renault anunciou alterações na estratégia para a China, a qual abdicará dos veículos com motores de combustão, para apostar na mobilidade elétrica.

A preparar já o regresso a actividade, a francesa Renault acaba de anunciar alterações na estratégia para a China. Mais precisamente, abandonando por completo a comercialização de veículos de passageiros com motor de combustão, para se dedicar, (quase) exclusivamente, à mobilidade elétrica.

Consciente das imposições que o próprio Executivo chinês tem vindo a colocar aos fabricantes automóveis, no sentido da transição para uma mobilidade menos poluente, a Renault decidiu repensar a sua estratégia para um mercado com cerca de 1,4 mil milhões de habitantes.

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Assim e embora garantindo, desde já, a manutenção do serviço pós-venda aos 300 mil clientes que, na China, possuem um veículo Renault com motor de combustão, a marca do losango acaba de anunciar a entrega de toda a sua actividade, neste domínio, à chinesa Dongfeng Motor Corporation. Mantendo-se, no entanto, a cooperação entre as duas companhias, e a Nissan, no desenvolvimento de uma nova geração de motores.

Aliás, o construtor francês garante, igualmente, que, Renault e Dongfeng, vão iniciar uma nova cooperação, no domínio dos veículos inteligentes e conectados.

Aposta recentra-se nos elétricos...

Por outro lado e a par da decisão de abandonar a comercialização de veículos de passageiros com motores de combustão, a Renault anuncia igualmente um reforço da estratégia, na China, relacionada com os veículos elétricos, assim como com os veículos comerciais ligeiros.

O Renault City K-ZE é o ponta de lança da Renault no mercado chinês dos elétricos
O Renault City K-ZE é o ponta de lança da Renault no mercado chinês dos elétricos

No caso dos veículos elétricos, a marca francesa recorda o facto da China ser, actualmente, o maior mercado de veículos elétricos do mundo, com 860 mil unidades registadas em 2019 e uma expectativa de crescimento, até 2030, que poderá chegar aos 25%, para afirmar o desejo de reforçar a sua presença neste país, onde opera em parceria com a Dongfeng e a Nissan.

Vendendo, por exemplo, o Renault City K-ZE, modelo que já é um sucesso no mercado chinês, mas que a Renault pretende levar para lá das fronteiras das China, tornando-o um modelo global. Mais precisamente, através de uma versão derivada do concept Dacia Spring, com chegada prevista à Europa em 2021.

Na China, a Renault aponta como objetivo cobrir 45% do mercado chinês de Veículos Elétricos, até 2022, com um total de quatro modelos.

Apresentado, enquanto showcar, ainda em 2018, o Renault K-ZE já está disponível na China e pode, em breve, chegar à Europa... com o emblema da Dacia
Apresentado, enquanto showcar, ainda em 2018, era Carlos Ghosn líder da marca francesa, o Renault K-ZE foi lançado na China e pode, em breve, chegar à Europa... com o emblema da Dacia

... e comerciais ligeiros

Igualmente aposta para manter, são os veículos comerciais ligeiros, que, na China e em 2019, valeram 3,3 milhões de viaturas.

Presente através da Renault Brilliance Jinbei Automotive Co., Ltd. (RBJAC), empresa lançada em Dezembro de 2017, a Renault pretende aumentar a oferta dos modelos da Jinbei, hoje em dia já com mais de 1,5 milhões de clientes, disponibilizando, até 2023, um total de cinco modelos.