Com um comprimento que se situa entre o Kadjar e o Koleos, o Renault Arkana é a nova arma da marca francesa para o segmento C-SUV, onde complementa a ação do Kadjar e encontra como concorrentes um batalhão de propostas.
Apesar do crescente aumento do mercado dos SUV em toda a Europa, incluindo Portugal, são poucas as marcas a atreverem-se em apresentar um SUV com um estilo Coupé.
Dos poucos exercícios que existem destacamos o X4 ou o X6 da BMW e pouco mais, talvez porque se pense que o estilo Coupé diminui a habitabilidade e a funcionalidade que caraterizam a maioria dos SUV.
Tal não acontece com o Renault Arkana que, apesar de ser construído a partir da mesma plataforma do Captur e do Nissan Juke, demonstra bem a flexibilidade que hoje em dia as plataformas multidisciplinares têm.
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Para termos uma ideia de que assim é, basta referir, por exemplo, que este SUV Coupé da Renault é mais comprido que o novo Nissan Qasqhai e tem uma mala com maior capacidade. A habitabilidade traseira acomoda facilmente passageiros com 1,80 metros de altura, ao mesmo tempo que reúne um conjunto de funcionalidades que torna a sua utilização mais familiar e prática.
Duas versões híbridas, a partir de 31 600€
A gama agora anunciada é formada por duas versões, ambas com transmissão automática: são elas o TCe de 140 cv (mais tarde chega uma versão de 160 cv) e o E-Tech de 145 cv, com preços que começam nos 31 600 euros para a primeira versão e 35 200€ para a segunda.
A versão com hibridização ligeira (TCe de 140 cv) revelou ser, neste primeiro contacto, uma opção bastante equilibrada em termos de comportamento e de consumos, se bem que a versão E-Tech reivindique para si o pódio em matéria de consumos, especialmente na cidade, onde a gestão da inovadora transmissão automática com 15 combinações possíveis, garante um desempenho ambiental mais ambicioso.
Do contacto que tivemos com as duas versões num trajeto que nos levou de Lisboa a Melides e vice-versa, passando pela cidade, retivemos que, enquanto a versão "Mild Hybrid" está mais dotada para fazer longos percursos em estrada, a versão com maior assistência elétrica (E-Tech Hybrid) prefere um ambiente mais citadino. Na autoestrada, numa velocidade estabilizada ao redor dos 130 km/h, o E-Tech gasta menos que a versão TCe, embora a diferença não seja muito grande.
Menos funcional, igualmente versátil
Uma diferença clara do Arkana para o Kadjar é que é um pouco menos prático. Ainda que atrás a altura ao teto permita transportar passageiros com 1,80 metro de altura, a sensação é de menor espaço, devido à inclinação da carroçaria tipo coupé.
Mesmo assim, achamos que a habitabilidade é muito boa e o mesmo se passa com a mala, que na versão TCe tem uma capacidade de 513 litros, enquanto na versão híbrida, a capacidade diminui para os 480 litros.
Na relação com a estrada, nota-se o cuidado que a marca francesa teve com o acerto da suspensão atrás, a qual, sendo firme, não deixa de ser confortável. Uma combinação que permite tirar partido do modo de condução mais desportivo, com a caixa automática que ambas as versões oferecem (elas têm tipologias diferentes), a terem uma reação mais rápida.
O mesmo se passa com a direção, que não sendo tão direta como noutros concorrentes, interpreta bem as trajetórias.
O equipamento (série e opcional) relacionado com a segurança e a tecnologia é semelhante ao de outros modelos da Renault.
Um dos aspetos relevantes onde se nota que o Arkana compete por um lugar de destaque no competitivo mercado dos SUV do segmento C é a qualidade de alguns dispositivos, como a instrumentação digital, o sistema multimédia com um grafismo bastante intuitivo ou, ainda, o reconhecimento por voz de alguns comandos e funções.
Em resumo...
Em resumo, o Arkana é um SUV que pretende capitalizar os dividendos que a Renault tem obtido com as duas gerações do Captur e ao mesmo tempo conquistar o que o Kadjar não conseguiu devido à dificuldade inicial de ser classe 2 nas portagens.