Primeiro SUV Coupé na história da Renault, o Arkana tem vindo a transformar-se, ainda que de forma discreta, num sucesso de vendas, sendo já o quarto modelo mais vendido da Renault, em Portugal. Motivo suficiente para o construtor reforçar a oferta com nova e mais potente versão micro-híbrida, 1.3 TCe 160 EDC, já disponível entre nós.
É caso para dizer que os números não enganam: ao mesmo tempo que se mantém como o segmento de maior peso comercial (vale quase 40%) no mercado automóvel europeu, o segmento C, ou dos familiares compactos, continua a registar um crescimento cada vez mais expressivo dos SUV e crossovers. Os quais representam já 55% da totalidade das vendas deste segmento.
Conscientes desta realidade, são já poucos os fabricantes automóveis que não marcam presença nesta espécie de nicho, com marcas como a francesa Renault a disponibilizarem, inclusivamente, mais do que um tipo de carroçaria. Nomeadamente, acrescentando aos SUV e crossovers de linhas mais convencionais, aquela que é, chamemos-lhe assim, a "última moda": os SUV-Coupé.
É, de resto, neste último "sub-sub-segmento" que se insere o Renault Arkana, modelo dado a conhecer, pela primeira vez, ainda em 2018, então como um produto nascido na Rússia e com base na mesma plataforma do Dacia Duster.
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Solução da qual já pouco é possível encontrar na atual geração, que, além de recorrer à bem mais evoluída plataforma CMF-B, a mesma do atual Renault Clio, embora esticada, é produzida em Busan, na fábrica da Renault Samsung Motors, em plena Coreia do Sul.
Entretanto e depois de ter sido o primeiro modelo dado a conhecer na sequência do novo plano estratégico do construtor francês, Renaulution, o atual Arkana, que é também parte de uma ofensiva com que a Renault pretende lançar um total de 14 novos modelos híbridos plug-in (e-Tech) até 2025 (metade dos quais, diga-se, têm como destino, precisamente, o segmento C), assume-se já como um sucesso, ainda que algo discreto. Mas que é confirmado pelas mais de 100.000 unidades que já vendeu na Europa.
No caso específico do mercado português, a confirmação surge através do quarto lugar que presentemente ocupa entre os modelos mais vendidos da marca do losango, representando cerca de 10% da totalidade das vendas. Com a curiosidade acrescida de 48% das unidades comercializadas possuírem motorizações híbridas, 78% estarem equipadas com nível de equipamento topo de gama R.S. Line, e 62% terem tido como destino clientes particulares.
Um novo motor
De resto, é também a pensar, principalmente, no cliente particular, que a Renault Portugal acaba de introduzir mais uma opção de motorização no Arkana e que passa a ser, também, a versão mais potente da gama: o 1.3 TCe 160 EDC.
Basicamente, trata-se de uma nova variante da já conhecida solução micro-híbrida que tem por base um quatro cilindros 1.3 litros a gasolina, acrescido de um sistema elétrico com bateria de 12V posicionada sob o banco traseiro, e que até aqui debitava "apenas" 140 cv de potência. Mas que, nesta nova versão, vê não só a potência subir para os 160 cv, às 5.500 rpm, como também o binário para os 270 Nm (+20 Nm), disponíveis logo a partir das 1.800 rpm.
Mantendo como única opção de transmissão a também já bem conhecida caixa automática de dupla embraiagem (EDC) e 7 velocidades, este novo 1.3 TCe de 160 cv anuncia, ainda, não somente uma descida nas emissões de CO2, para as 130 g/km, como melhores consumos, traduzidos numa média oficial em trajecto combinado de 5,7 l/100 km.
Naquele que foi o primeiro contacto que tivemos oportunidade de realizar com esta nova motorização, a constatação, não de um consumo igual ao prometido pela marca francesa, mas, ainda assim, não muito distante, e que se cifrou nos 6,3 l/100 km. Valor obtido, contudo, numa toada descontraída, ao longo de um trajecto que contemplou, tanto auto-estrada, como estradas nacionais na zona de Azeitão, Palmela e da Serra da Arrábida, e ao longo do qual gostámos, particularmente, da forma suave mas também sempre presente, como o sistema híbrido, ajudado pela caixa EDC, disponibiliza a potência.
Aliás e num SUV de pisar mais firme do que a maioria dos condutores esperará, principalmente, tratando-se de um modelo francês, nota, ainda, para o facto da componente elétrica ter um papel muito diminuto, resumindo-se ao apoio dado no arranque, além da capacidade - que também constatámos - de, a velocidades até 30 km/h, conseguir manter o Arkana em andamento, com ajuda do motor de combustão.
Também por esse motivo e a partir do momento em que decidimos puxar um pouco mais pelos 160 cv, adoptando uma condução mais rápida, a subida das médias nos consumos, para valores mais próximos dos 8 l/100 km.
Apenas mais 400€
Quanto a preços, este novo Renault Arkana 1.3 TCe 160 EDC está desde já disponível no mercado nacional por valores a partir de 35.880€, no caso da versão de entrada, Intens, e de 38.630€, no caso do nível mais equipado R.S. Line.
Comparativamente à mesma motorização, mas de 140 cv, um acréscimo de apenas 400€. Diferença que, diga-se, leva a Renault Portugal a manifestar a confiança de que a maior parte dos clientes passará a escolher a versão mais potente.
Aliás e a procurar reforçar, igualmente, o interesse neste Arkana, um outro e novo argumento: a oferta de uma garantia geral de 5 anos ou 160.000 km, já com manutenção incluída. Mas, atenção: esta é uma oferta apenas para particulares...