O RS 2027 Vision concept revela a visão da marca francesa para a classe rainha do desporto motorizado, onde também existe espaço para a condução autónoma e a conetividade. [https://www.turbo.pt/wp-content/uploads/2018/02/Renault90034globalen.jpg,https://www.turbo.pt/wp-content/uploads/2018/02/Renault90025globalen.jpg,https://www.turbo.pt/wp-content/uploads/2018/02/Renault90038globalen.jpg,https://www.turbo.pt/wp-content/uploads/2018/02/Renault90050globalen.jpg,https://www.turbo.pt/wp-content/uploads/2018/02/Renault90030globalen.jpg,https://www.turbo.pt/wp-content/uploads/2018/02/Renault90034globalen1111.jpg,https://www.turbo.pt/wp-content/uploads/2018/02/Renault90034globalen22222.jpg] Quem pensava que as principais tendências do mundo automóvel, como é o caso da condução autónoma e novas soluções de conetividade, não iam conseguir penetrar no mundo do desporto estava enganado. Isto tendo em conta a visão que a Renault acaba de dar a conhecer em Xangai para o futuro da Fórmula 1, uma perspetiva de futuro que fica a cargo do RS 2027 Vision, que nos revela o que deverá ser o topo do desporto automóvel dentro de dez anos, onde os sistemas de piloto automático e a maior troca de informações dos monolugares para o exterior serão realidade. E promete ser entusiasmante o futuro da Fórmula 1, onde a eletrificação será potenciada ao longo da próxima década. O objetivo é atingir um megawatt de potência em 2027, o equivalente a 1341CV, que em combinação com um peso de apenas 600kg por carro promete garantir disparos verdadeiramente insanos. Uma relação entre potência e peso superior a 2:1, algo nunca antes alcançado, para a qual será importante a contribuição do KERS, com o sistema de utilização da energia gerada a subir dos atuais 120kW para os 500kW. Esta eletricidade será acumulada em baterias com o dobro da densidade das atuais, e será posteriormente enviada para os dois motores elétricos, na dianteira e traseira, com 335CV. Com esta melhoria da eficácia do sistema híbrido, o V6 sobrealimentado deixará de ser tão fulcral, e por ter períodos de utilização mais baixos o tanque de combustível reduz a capacidade dos 105kg atuais para apenas 60kg. Um dos principais problemas da F1 nos últimos anos tem sido a dificuldade de obter liquidez financeira necessária pelos altos orçamentos, o que tem levado à extinção de diversos projetos, pelo que a Renault também pensou nessa situação com o RS 2027 Vision. Para reduzir custos será utilizada uma grande parte de peças estandardizadas, além de ser apenas possível recorrer aos túneis de vento para moldar as duas asas, o difusor e a cobertura do motor. Pensando na componente ambiental, a utilização de impressoras 3D vai permitir ter maior percentagem de peças recicláveis, e é ainda necessário referir que as atuais e complexas suspensões hidráulicas vão dar lugar às adaptativas, que além de mais simples também têm maior capacidade de regeneração de energia. Outra crítica usual à Fórmula 1? Corridas chatas! Mas, na abordagem abrangente ao fenómeno do desporto anunciada em Xangai pela Renault este tema também foi tido em conta, pelo que as provas serão melhoradas. A duração passará dos atuais 300km para apenas 250km, além de serem divididas em duas fases, a inicial mais longa e depois um mais entusiasmante e rápido "Final Sprint". E, para começar a abrir o apetite para as corridas logo no início do fim-de-semana, os pilotos de reserva vão ser chamados a competir na sexta-feira com uma "Rookie Race Night". O design dos monolugares da Fórmula 1 também sofrerá alterações, caso a visão do Renault RS Vision 2027 concept se confirme. O principal destaque vai para a canópia, que além de garantir maior visibilidade também protege os pilotos de possíveis destroços, mas existe outra que poderá ser bastante aliciante e atrair novos fabricantes para o "Grande Circo". É a implementação de elementos dos códigos estilísticos das marcas nos monolugares, como a iluminação C dos Renault de estrada que assim também surge nas pistas da maior competição automóvel do mundo. Esta iluminação informará também sobre o modo de condução, com as luzes a passarem de branco a azul quando é acionado o modo elétrico. Além disso, neste caso a marca francesa optou por uma decoração que evoca os seus 30 anos de presença na F1, com uma combinação entre tons amarelos e pretos com um acabamento metalizado. Para finalizar, o fabricante gaulês demonstra que as novas soluções que vão ter impacto vital na redução da sinistralidade rodoviária, como a condução autónoma e a comunicação dos veículos para o exterior, também podem ser uma importante salvaguarda para os pilotos. Assim é introduzido um sistema de piloto automático para situações de Safety Car ou outros cenários em que é necessário suspender temporariamente a corrida, o que evita colisões entre pilotos e também ajuda a proteger os comissários. Por fim, a inclusão da comunicação V2V (entre viaturas) e V2X (dos veículos para as infraestruturas) permite enviar sinalizações sobre bandeiras amarelas e outras informações diretamente para o volante dos pilotos. Porque se a informação é poder, então com todas estas inovações do Renault RS 2027 Vision a Fórmula 1 promete ser ainda mais poderosa dentro de uma década, permitindo ainda aos espetadores ter acesso a todos os dados de telemetria dos monolugares para uma experiência mais enriquecedora.