Os limites de velocidade estabelecidos são sempre motivo para discussões. Há quem acredite que poderiam ser aumentados e quem considere que deveriam ser diminuídos. Opiniões à parte, importa conhecer as conclusões de organizações competentes para estudar a matéria... Um estudo do Internacional Transport Forum (IFT), uma organização intergovernamental, analisou os dados de segurança rodoviária de 10 países e concluiu que existe uma "forte" correlação entre a velocidade e o número de acidentes e de vítimas. Diz a organização que uma fórmula científica "amplamente utilizada" determinou que um aumento de 1% de velocidade média se traduz num aumento de 2% em todos os acidentes de que resultaram feridos, um acréscimo de 3% nos acidentes fatais e graves e num aumento de 4% dos acidentes fatais. E se a própria estrada reduzir a velocidade? O ITF concluiu que uma redução ligeira de velocidade pode "reduzir bastante os riscos". Como medidas, a organização sublinha a redução da velocidade máxima bem como o estabelecimento de diferentes limites entre tipos de veículos, a utilização de sistemas de controlo de velocidade automáticos, adotar elementos de segurança extra em zonas em que os limites são mais altos, entre outras. Sobre limites concretos, o ITF sugere ainda limitar a velocidade máxima para os 30 km/h em zonas residenciais - apesar de esta ser uma ideia controversa - aumentando para os 50 km/h noutras zonas deste tipo e também estabelecer como máximo os 70 km/h em zonas rurais cujas estradas não tenham separadores centrais. Leia também: UE pode colocar limitadores automáticos de velocidade