Depois do mínimo atingido em 2016, as emissões continuam a subir na Europa, num problema que muitos associam à quebra na procura dos Diesel, embora os dados da marca com menores emissões a nível continental permitam uma leitura alternativa Olhando para os vários alertas que os fabricantes automóveis foram deixando, não é surpreendente a notícia de que as emissões dos automóveis continuam a subir na Europa. Este aumento tem sido fortemente associado aos Diesel, até porque a tendência de subida das emissões é praticamente transversal a todos os países. A média continental está colocada nas 120.5 g/km de CO2, o que representa um aumento de 2,4 g/km comparativamente ao período homólogo e de 2,7 g/km em relação ao mínimo atingido em 2016. Com apenas a Noruega, Finlândia e Holanda a conseguirem descer as suas emissões em relação ao último ano, em Portugal o aumento das emissões ficou situado nas 1,2 g/km. Além disso, apenas 25% das marcas desceram a média de emissões entre 2017 e 2018. [https://www.turbo.pt/wp-content/uploads/2019/03/AAA7977.jpg] Os analistas da Jato Dynamics, como muitos outros especialistas, associam o aumento das emissões à introdução de um novo ciclo de testes e, especialmente, à fuga dos clientes aos Diesel. Isto porque a maior parte deles deriva para os gasolina. E, numa comparação entre motores equivalentes, os blocos a gasóleo emitem menos CO2 que os gasolina. No entanto, olhando para a marca com menos emissões na Europa, como mostra a galeria anterior, pode-se também considerar que um dos problemas foi a fraca aposta em motorizações alternativas como os híbridos. Afinal, a Toyota é mesmo a única marca a conseguir ficar abaixo da fasquia das 100 g/km de CO2. E, recorde-se, é também a única marca onde os híbridos representam praticamente metade das vendas. Considerando estes dados, e tendo em conta a forte aposta atual dos fabricantes automóveis nas motorizações alternativas (olhe-se o caso de marcas como Audi, BMW, Renault ou Peugeot nas novidades do Salão de Genebra), pode-se esperar que o exemplo dos nipónicos possa ser seguido. E, dessa forma, que a tendência de queda das emissões na Europa, com descida de 41,3g /km na década entre 2007 e 2016, possa ser retomada.