PSA vai fazer baterias e motores para os seus veículos elétricos

A informação foi confirmada pelo CEO do grupo gaulês, Carlos Tavares. Carlos Tavares afirmou que a PSA vai fabricar os packs de baterias e os motores para os seus próprios modelos elétricos. Ao contrário do que acontece com muitos construtores, que preferem comprar estes componentes a fornecedores exteriores especializados, a PSA vai desenvolver e produzir estes elementos para equipar a sua anunciada gama de modelos elétricos. Segundo Carlos Tavares " Nós vamos fabricar as nossas próprias caixas de velocidades, motores elétricos, packs de baterias, módulos de gestão eletrónica de energia, etc." segundo o português, CEO do grupo PSA, "Não é porque o automóvel passa à eletricidade que nós vamos perder o controlo do coração das viaturas."   Tavares, que tem expressado publicamente o seu cepticismo em relação à rentabilidade dos investimentos que os construtores estão a ser obrigados a fazer em veículos elétricos, anunciou esta decisão de manter a propriedade intelectual das novas tecnologias elétricas na sequência da decisão do grupo PSA em integrar os modelos elétricos na integralidade das suas gamas. A PSA dá assim continuidade a uma política que sempre foi a sua, de garantir o controlo das motorizações dos seus modelos e de até os fornecer a vários outros construtores, algo que tem acontecido em várias ocasiões e com várias marcas ao longo dos anos. O fornecimento de motores Diesel a marcas exteriores ao grupo tem sido, desde há muitos anos, uma operação importante para a PSA, esperando-se que possa vir a fazer o mesmo no futuro, em relaçáo aos motores elétricos e talvez também aos packs de baterias. Tavares falava em entrevista ao semanário francês Auto Hebdo, no âmbito da transferência de tecnologia entre a competição e os carros de série, tanto na Fórmula E, em que o grupo está envolvido com a DS, como no campeonato mundial de rallycross WRX, que vai passar a incluir motorizações 100% elétricas já a partir de 2020, e no qual a Peugeot está presente, cada vez com mais empenho, depois do fim do programa Dakar. "Haverá uma ligação tecnológica evidente entre o E-WRX e as decisões industriais e estratégicas que nós vamos tomar para a empresa" concluia Carlos Tavares.