O grupo liderado por Carlos Tavares vai oferecer variantes com novas motorizações em todas as suas famílias de modelos até meio da próxima década. A condução autónoma, o regresso aos Estados Unidos e a recuperação da Opel são outros pontos-chave nos planos de futuro… Carlos Tavares esteve no Congresso Mundial da Automotive News, onde levantou o véu sobre os planos futuros das marcas que lidera. Um dos destaques vai para as motorizações alternativas, com versões eletrificadas em todas as gamas de modelos até 2025. Para este objetivo a mais recente adição ao consórcio gaulês será essencial, pois no plano "Pace" foi referido que a Opel iria liderar esta transição. Apesar de Tavares afirmar que prefere agilidade sobre dimensão, e eficiência sobre o volume de vendas, o grupo prepara o lançamento de 132 modelos até meio da próxima década em seis regiões distintas. Ou seja, mesmo sem estar muito preocupada com a guerra pela liderança do mercado (embora seja o nº2 a nível europeu), a PSA não vai ficar parada e prepara uma grande ofensiva de produto. A referência às seis regiões também reafirma a aposta na América do Norte, embora Carlos Tavares não tenha desvendado qual será a marca a ficar com essa responsabilidade. Mas confirmou que muitos dos futuros Opel/Vauxhall desenvolvidos vão ter homologação para esta zona do globo, o que pode ser encarado como uma possível pista, optando pelo emblema de Russelsheim em detrimento da Peugeot, Citroën e DS. Foi, no entanto, confirmado que o automóvel responsável pelo regresso aos Estados Unidos (primeiro como fornecedor de serviços de mobilidade e depois pela venda direta a clientes) está já a ser desenvolvido, num trabalho a cargo de uma equipa de engenheiros americanos. O que vai permitir criar produtos adaptados a este mercado. Recordando que a sua passagem pela divisão da Nissan na América do Norte foi bastante divertida, Carlos Tavares sublinhou ainda os prazos estabelecidos. "O plano a 10 anos dá-nos tempo apropriado para compreender este mercado crucial e lançar os produtos e serviços certos". Outro campo essencial no futuro do automóvel é a condução sem intervenção humana, e em 2030 já 80% dos carros do Grupo PSA poderá assumir essas funções em situações específicas. Além disso, 10% dos carros vai oferecer os mais altos patamares desta tecnologia, os níveis 4 e 5 de piloto automático. A terminar, o novo homem-forte da ACEA revelou confiança em dar a volta aos resultados negativos da GM na Europa, pois considera que o cenário atual é bastante parecido ao que enfrentou quando chegou a CEO do grupo gaulês. Carlos Tavares concluiu que "os números que vejo na Opel, e que já víamos do exterior, mostram que a situação é bastante similar, se não fosse a venda, à da PSA em 2013". Fonte: Automotive News Europe