Após voltar a estar presente em países como a Índia e o Quénia e anunciar a potencial compra da Opel, o grupo gaulês liderado por Carlos Tavares parece "atacar tudo o que mexe", e além de ter adquirido o nome Embassador e ter feito uma proposta pela Proton também prepara o regresso ao mercado norte-americano. A vida do Grupo PSA mudou radicalmente com a chegada de Carlos Tavares. Responsável pela reorganização da empresa, dando independência à DS, agora totalmente separada da Citröen, o fabricante francês regressou em 2015 aos lucros e está atualmente a efetuar uma ofensiva de mercado que no caso do Douvle Chévron se está a focar na apresentação de modelos de design irreverente como o novo C3 e o C4 Cactus e na Peugeot tem passado nos últimos tempos pela aposta nos SUVS, com a chegada dos novos 2008, 3008 e 5008. Mas a estratégia da marca contempla também o ataque a novos mercados, algo que nos últimos tempos tem vindo a ser visível através do regresso a países como a Índia e o Quénia e também pelo interesse na aquisição de novas marcas. O passo mais importante será porventura a negociação para a aquisição da Opel, que poderá transformar a PSA no segundo maior fabricante no mercado europeu, e, segundo o próprio Carlos Tavares, com capacidade de progressão para disputar a liderança com o Grupo VW. Mas igualmente com recurso a outros potenciais negócios que anunciam a expansão do consórcio gaulês, que recentemente adquiriu na India a designação Embassador, que foi utilizada entre 1958 e 2014 num sedan comercializado neste gigante asiático. Mas também existe interesse na Proton, da Malásia, tendo ontem confirmado uma oferta para a aquisição do fabricante que detém, entre outras marcas, a britânica Lotus. Além disso, foi ainda confirmada uma parceria com a MAIF para entrar no mercado americano através de um programa de Car-Sharing com o nome TravelCar, mais um plano integrado na estratégia Push to Pass. Um dos principais objetivos delineados no momento de apresentação da estratégia foi precisamente passar de um fabricante "local" para um player global, algo para que irá ser fulcral a expansão através do ataque a novos mercados. Esta faceta tem ganho visibilidade nos últimos meses, com uma presença mais efetiva na Ásia (regresso à Índia, maior aposta no Irão e aquisição da Proton), África (retorno ao Quénia) e América do Norte (numa primeira fase como fornecedor de serviços de mobilidade com a TravelCar). A isto junta-se também o aumento do volume de vendas na Europa com aquele que poderá ser o principal negócio a surgir durante o plano Push to Pass, e que será precisamente a aquisição da Opel.