Um Citröen C4 Picasso tornou-se no primeiro veículo autónomo a cruzar uma portagem sem intervenção humana. O feito aconteceu em França, às 10h30 (9h30 em Portugal), no dia 12 de julho, num corredor das portagens das autoestradas francesas Vinci Autoroutes. Foi a primeira vez que um autónomo cruzou uma portagem. O Grupo PSA entra na história pelo feito de um Citröen C4 Picasso autónomo ter cruzado o troço das portagens de Saint-Arnoult-en-Yvelines - curiosamente a maior portagem da Europa - tornando-se, desta forma, o primeiro veículo autónomo a dispensar a intervenção humana para passar uma portagem. Este é mais um sinal do investimento do Grupo PSA na condução autónoma, que já testou inclusivamente um mini-autocarro autónomo na cidade de Paris. A colaboração entre o Grupo PSA e a Vinci Autoroutes possibilitou o feito, realizado em condições reais de tráfego, encerrando com êxito o programa de desenvolvimento iniciado em 2016, que prevê, entre outras situações, a adaptação da trajetória do veículo autónomo ao percurso de passagem na portagem. Para este processo - que é simples quando o automóvel é controlado pelo condutor - é necessário a plena comunicação pentre o veículo e a plataforma da portagem, o que se revela uma tarefa complexa. Para o sucesso do feito, foi instalada na infraestrutura da portagem de Saint-Arnoult-en-Yvelines um sistema de orientação a 500 metros a montante da barreira - direccionando o veículo para a portagem ajustada para o receber - e para, depois de passar as barreiras, retomar a faixa conveniente ao transito na autoestrada. Foi necessária também uma antena RSU, colocada a 300 metros antes da portagem, que deu autorização de passagem ao C4 e indicando que a barreira estaria livre. O sistema de informação da portagem foi outra das modificações efetuadas, a fim de transmitir informação em tempo real ao veículo autónomo. Entra assim na história o Grupo PSA como o detentor do primeiro veículo autónomo a cruzar uma portagem sem qualquer intervenção de um condutor. O conglomerado liderado pelo português Carlos Tavares já contou com o parecer de Sebastian Loeb sobre a condução autónoma.