Poucos portugueses compraram o carro que queriam em 2021

Um estudo indica que dez por cento dos inquiridos tentaram adquirir carro em 2021, mas poucos portugueses compraram o que queriam.

Um estudo do Observador Cetelem Consumo 2022 indica que dez por cento dos inquiridos tentaram adquirir carro em 2021, mas poucos portugueses compraram o que queriam. Muitos entrevistados admitem mudar as opções de marcas e modelos se os tempos de entrega forem demasiado longos. 

Os portugueses querem comprar automóveis novos, mas poucos conseguem e ainda menos aqueles que conseguiram a viatura que queriam. Esta é uma conclusão do estudo Observador Cetelem Consumo 2022, realizado pela empresa de estudos de mercado Nielsen e que teve uma amostra representativa de mil indivíduos residentes em Portugal Continental.

De acordo com este inquérito, dez por cento dos entrevistados tentaram comprar um automóvel em 2021, tendo sido observado um maior interesse por parte dos mais novos, dos 18 aos 24 anos (13%). No entanto, apenas sete por cento dos inquiridos afirmam ter conseguido adquirido o carro que queriam. Os restantes três por cento foram forçados a alterar a sua opção de compra inicial. 

Stand carros importados

Relativamente às zonas metropolitanas de Lisboa e do Porto, o estudo adianta que os residentes na região da Invicta tiveram mais sucesso do que os da capital na compra do automóvel que pretendiam (9%), enquanto os entrevistados da capital tiveram de modificar a sua opção de compra inicial (7,5%).

Outras opções

Questionados acerca do interesse na aquisição de um automóvel novo, face aos longos tempos de entrega devido à crise logística e dos componentes, 42% dos entrevistados referem que procurariam outras opções de marcas e modelos que tivessem disponibilidade mais imediata, enquanto 36% respondem que esperariam o tempo necessário para ter o automóvel novo da marca desejada.

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Relativamente ao aumento dos preços dos combustíveis e da eletricidade, se tivessem intenção de adquirir um automóvel novo, quer os portugueses que escolheriam um veículo elétrico, quer os que optariam por uma viatura de combustão, afirmam que iriam adiar a compra até se verificar uma melhoria da situação (65%).

Por outro lado, 21% dos que afirmaram que comprariam uma viatura a combustão referiram que trocariam a sua compra por um elétrico ou um híbrido. Apenas 9% do entrevistados afirmam que manteriam a intenção de adquirir um automóvel.