Sendo os automobilistas do nosso continente que mais gostam de estar ao volante, a característica que os portugueses mais associam ao automóvel é "poupar tempo". O Observatório Cetelem apresentou os resultados de um estudo realizado em quinze países que concluiu que ninguém gosta tanto de estar ao volante na Europa como os portugueses. Com a média dos automobilistas que afirma "Adoro Conduzir" a situar-se nos 84%, os cidadãos nacionais apresentam uma média de 91% para este parâmetro, um resultado apenas igualado a nível continental pelos polacos, e que contrasta com os resultados de 66% no Japão, 69% nos Estados Unidos e 75% no Reino Unido, curiosamente três dos países mais importantes na indústria automóvel. Este estudo do Obervatório Cetelem inquiriu 8500 proprietários de automóveis de quinze países, e Pedro Ferreira, Diretor da Área Automóvel desta empresa para Portugal, destacou a importância que tem o facto dos carros serem a principal solução de mobilidade fora dos centros urbanos bem servidos por transportes públicos para os resultados obtidos no nosso país. Entre as características que os portugueses mais associam ao automóvel, referência desde logo para os 97% que o consideram uma forma de "poupar tempo", enquanto 91% também destacam a "liberdade, independência e autonomia proporcionadas pela posse da viatura". Além disso, para 72% os carros são um "objeto de prazer", 68% definem-no como uma "marca de modernidade", 62% considera que ele é um "objeto de luxo/sonho" e 61% associam o automóvel a um "símbolo de sucesso social". Entre as características negativas para os portugueses, 92% considera que os veículos são "caros" e 82% efetua uma ligação entre as viaturas e a poluição. No entanto, os portugueses acreditam que os carros têm ainda um longo caminho a percorrer, pois apenas 15% dos inquiridos acham que eles se vão tornar obsoletos e um objeto do passado.