O Porsche Taycan acaba de ser apresentado oficialmente mas a marca tem já mais de 30 mil encomendas, das quais 250 de clientes portugueses. O preço da versão Turbo (680 cv) é de 159 mil euros enquanto o Turbo S (761 cv) custa 192 mil euros. As primeiras entregas ocorrerão já em novembro
A Porsche acaba de apresentar o seu primeiro automóvel 100% elétrico, o Taycan. É uma "revolução" provavelmente ainda maior do que a verificada há duas décadas, quando a marca de automóveis desportivos revelou o Cayenne. Ou, ainda, quando há oito anos atrás lançou o Panamera no segmento das berlinas de luxo.
Com 4,96 metros de comprimento, o Taycan é 24 centímetros mais curto do que o Panamera mas continua a oferecer quatro portas e outros tantos lugares. Mais importante, o facto de o motor elétrico ocupar menos espaço permite-lhe oferecer bastante espaço e uma capacidade de bagagem de 366 litros na traseira, a que se juntam mais 81 litros na frente.
Interior tecnológico e digital
O interior é sofisticado destacando-se a total ausência de botões bem como a existência de um ecrã mesmo em frente ao lugar do acompanhante. Isso permite regular todas as funções de forma independente, ou aceder às informações que pretende.
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Além da integração plena na mobilidade elétrica, a Porsche reclama também para o Taycan o estatuto de líder na digitalização e este é só mais um exemplo que se junta às múltiplas possibilidades de conectividade, ou à ligação direta à app da Apple Músic que se traduz no acesso sem restrições a todas as músicas disponíveis na iTunes Store.
Além do requinte e da utilização de materiais de qualidade exemplar não passa em claro a preservação do ADN Porsche em detalhes como a posição muito baixa dos bancos dianteiros (estamos à mesma altura do solo do que aconteceria num 911), o mesmo acontecendo com aqueles que viajam nos lugares posteriores.
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A herança Porsche e a obsessão em agradar aos clientes da marca manifesta-se, também, na incorporação de todos os mais avançados sistemas que potenciam a dinâmica, casos do '4 D Chassis Control', da suspensão pneumática de amortecimento pilotado (com três câmaras para uma reação mais rápida e eficaz às alterações de piso), ou o sistema que permite variar a dureza das barras estabilizadoras.
Um Porsche no mais ínfimo detalhe mas com os responsáveis da marca a assegurarem que… cada um desses detalhes foi aprimorado para uma experiência de condução ainda mais emocionante.
Mais de 400 km de autonomia
Tudo o que dissemos até aqui é pouco mais do que música para um cliente Porsche. A revolução protagonizada pelo Taycan dá pelo nome de eletrificação. É o caminho que a Porsche quer seguir para o futuro e para isso está a investir fortemente. Qualquer coisa como 6 mil milhões de euros, até 2022, conforme referiu Oliver Blume, presidente do Conselho Directivo da Porsche, que anunciou que até 2025 metade dos automóveis vendidos pela marca serão eletrificados (híbridos plug-in e 100% elétricos.
Veja aqui o vídeo do recorde do Porsche Taycan em Nurburgring
Neste contexto, o Taycan tem um papel determinante e será o ponto de partida para outras derivações, a primeira das quais aprazada para o final do próximo ano com a chegada de uma versão Cross Turismo.
Para já o Taycan chega com as versões mais musculadas que utilizam dois motores (um em cada eixo) o que assegura a tração integral. No caso do Taycan Turbo a potência anunciada é de 500 kW (680 cv) e o binário é de 850 Nm, enquanto o Turbo S chega aos 560 kW (761 cv), com um binário máximo de 1050 Nm,"explicação para o primeiro acelerar de 0-100 km/h em 3,2 segundos, enquanto o segundo faz ainda melhor: 2,8 segundos. A velocidade máxima é de 260 km/h.
Consegue adivinhar a Taycan consegue alcançar no convés de um porta-aviões? Descubra neste vídeo...
Ambos utilizam uma bateria de iões de lítio de alta capacidade, com 93,4 kWh de capacidade, que assegura uma autonomia de 450 km e 412 km, respetivamente (ciclo WLTP). Um dos segredos para o alto rendimento e autonomia reside por um lado na alta densidade da bateria e, principalmente, no recurso, pela primeira vez na indústria automóvel, à tecnologia de 800 volts, o dobro daquilo que é utilizado nos automóveis elétricos.
Até Walter Rohrl, que diz que não gosta de veículos elétricos, se rendeu ao Porsche Taycan...
Além de elevada capacidade para regenerar e armazenar a energia produzida durante a desaceleração, outro dado importante prende-se com o inovador sistema de carregamento que permite receber cargas de até 270 kW, através de postos de carregamento super-rápidos que a Porsche desenvolveu em conjunto com a Efacec e que serão instalados progressivamente na Europa.
Nestas condições, o Taycan consegue carregar em 5 minutos a energia suficiente para percorrer até 100 km, e 80% da carga máxima em 22,5 minutos. Já o tempo de carregamento nos pontos de 11 kW é de 9 horas, enquanto que nos pontos de carregamento rápido (50 kW) a marca anuncia que consegue carregar energia para 100 km em 31 minutos.
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Dada a elevada procura (mais de 30 mil encomendas firmes até ao momento) a Porsche tem vindo a aumentar a capacidade de produção que para este primeiro ano se situa nas 20 000 unidades. Em Portugal existem já 250 clientes que já sinalizaram o Taycan, com as primeiras entregas previstas para novembro. O preço da versão Turbo começa nos 159 mil euros, enquanto o Turbo S custa 192 mil euros.
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