O terceiro elemento da gama Taycan já está à venda em Portugal. O Porsche Taycan 4S custa 110 mil euros e está disponível com duas opções de potência - 530 cv (bateria de 79 kWh) e 571 cv (bateria de 93,4 kWh) -, que, em conjunto com uma autonomia máxima anunciada (WLTP) de 407 km e 463 km, respectivamente, tornam-no a opção mais racional . Dinâmica Taycan com maior autonomia
O Porsche Taycan conhece agora a terceira variante. O Taycan 4S poderá ser, para muita gente, a opção mais racional da gama. Tem potência mais do que suficiente para se afirmar como um Porsche e garante maior autonomia do que as versões Turbo e Turbo S.
A forma minuciosa como a Porsche preparou a estratégia de eletrificação está a produzir frutos.
Na senda do sucesso das versões híbridas do Cayenne e do Panamera, o Taycan afirma-se como a melhor berlina desportiva 100% elétrica. Além disso, credibiliza o caminho iniciado em 2016 quando apenas 4% dos automóveis vendidos pela Porsche eram híbridos, para no ano passado essa percentagem passar para mais de 30%.
A marca estima que no final da corrente década, um em cada dez automóveis… terá motor de combustão.
O caminho está a ser percorrido salvaguardando todos os detalhes. Da infraestrutura de carregamento, com pontos ultrarrápidos, exclusivos para clientes da marca nos concessionários ao modelo de comercialização que permite a utilização de outros modelos Porsche. Fundamental é, também, a ampliação da gama, com destaque agora para o 4S que terá um papel importante na atração de novos clientes.
Nuno Costa, responsável da Porsche em Portugal, salientou que o Taycan tem registado, ente nós, um sucesso que supera as expetativas iniciais. Já Hugo Ribeiro da Silva, sócio-gerente dos centros Porsche Porto e Porsche Braga, refere que só estas duas concessões vão entregar este ano cerca de 120 unidades.
Conforto para quatro
Exteriormente, as diferenças face às versões Turbo S e Turbo são quase impercetíveis. Destaque para a exuberância da carroçaria de quatro portas, com quase cinco metros de comprimento que, além de muito elegante, conserva a aparência desportiva que caracteriza a marca, bem como a elevada eficácia aerodinâmica.
Também no interior o Taycan 4S mantém intacto o compromisso desportivo e as aptidões para alojar de forma confortável quatro adultos.
Tratando-se de um Porsche não causa espanto que a prioridade vá para os lugares dianteiros. Com múltiplas possibilidades de regulação, os bancos garantem total apoio do corpo, indispensável para uma condução mais desportiva. Além disso, mesmo à frente do acompanhante, surge (opcional) um display a partir do qual é possível aceder às principais informações do sistema de infoentretenimento (sistema de navegação, informações de condução, sistema multimédia, etc).
Quanto à posição de condução, mantém-se baixa, o que significa que a distribuição das baterias no piso não prejudicou aquela que é uma característica indispensável na Porsche. Além disso, a instrumentação é totalmente digital e configurável, o que permite espelhar no painel de bordo as informações mais relevantes a cada momento, em função do tipo de condução: indicações do sistema de navegação, computador de bordo, conta-rotações, etc.
A maioria destas indicações pode, igualmente, surgir no display central, onde podemos controlar a eficácia da condução através da monitorização dos fluxos de energia, gerindo, por exemplo, a capacidade de regeneração.
Autonomia em destaque
A principal novidade no 4S reside na potência dos dois motores elétricos síncronos (um por eixo, o que significa que a tração é integral), estando disponíveis duas versões: Performance com 530 cv que utiliza uma bateria com 79,2 kWh de capacidade e Performance Plus, com 571 cv, que utiliza uma bateria de 93,4 kWh.
O primeiro custa 110 mil euros e anuncia uma autonomia que pode chegar aos 407 km. Já o segundo vê o preço aumentar em cinco mil euros e a autonomia máxima anunciada (WLTP, em ambos os casos) é de 463 km.
Ambos aceleram de 0 a 100 km/h em 4,0 segundos e a velocidade máxima é de 250 km/h.
Comum a ambos é o facto de a tecnologia de 800V possibilitar carregamento utrarrápidos (até 225 kW, no primeiro caso e 270 kW, no segundo). Algo que poderá ser muito importante no futuro quando estiver generalizada a rede de carregamentos que permitirá a reposição de energia para 100 km em cerca de oito minutos.
Algo que ainda não acontece, como testemunhámos na viagem entre o Porto e Lisboa, em que utilizámos a versão Performance (bateria de 79,2 kWh).
Em andamento normal (120-130 km/h), registámos um consumo médio de 22,1 kWh por cada 100 km, ou seja, um custo de energia da ordem dos 3,7€/100 km e ainda mais significativo, uma autonomia real de aproximadamente 360 km. Isto apesar de algumas acelerações mais vigorosas, precisamente para sentirmos o significado da assinatura Porsche e ficarmos com a certeza de que a dinâmica desportiva que caracteriza a marca não foi sacrificada nesta opção 100% elétrica.