Afinal, aquilo que parecia certo... esfumou-se. A Porsche acaba de anunciar, de forma oficial, que as negociações com a Red Bull Racing, com vista a uma futura parceria no Mundial de Fórmula 1, terminaram, sem sucesso. E até explicou porquê...
Segundo avança a Porsche, na base desta desistência, que passava pela entrada na Fórmula 1 através de uma parceria com uma das principais escuderias do 'Grande Circo', a Red Bull Racing, terão estado as divergências relativamente ao peso que o fabricante de Zuffenhausen teria na futura estrutura.
De acordo com as informações que vieram a lume nos últimos meses e durante a fase de negociações entre as partes, a Porsche pretendia adquirir uma posição accionista, na futura escuderia, equivalente à da Red Bull, ou seja, 50 por cento. Algo que, no entanto, esta última terá sempre recusado, com o argumento de não querer perder o controlo da forma como a equipa tem vindo a ser gerida.
Aliás e segundo também chegou a vir a pública, a intenção da Porsche seria ser mais do que um mero fornecedor de motores, mas tornar-se um parceiro com igual peso nas responsabilidades... e nas decisões.
Depois da confirmação oficial feita ainda em maio, pelo então todo-poderoso CEO do Grupo Volkswagen, Herbert Diess, de que, tanto a Porsche, como a Audi, iam regressar à Fórmula 1, já a partir de 2026, no caso da marca de Zuffenhausen e conhecida que se tornaram as conversações com a Red Bull Racing, o objectivo inicial passava, segundo avança o site 'Motorsport', anunciar a conclusão das conversações e assinatura da parceria, durante o Grande Prémio de F1 da Áustria. Algo que, no entanto, acabaria por não ser possível, já que as negociações acabaram por se arrastar para além do previsto.
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De resto e já mais recentemente, o principal responsável pela Red Bull Racing, Christian Horner, viria, mesmo, a público, avisar que, o negócio só avançaria, caso a atual estrutura da escuderia mantivesse a sua independência, uma vez consumada a entrada da Porsche, em 2026.
"A escuderia de Fórmula 1 é o maior ativo, em termos de marketing global, para a Red Bull, pelo que, porque motivo é que haveríamos de comprometer estrategicamente esse argumento, a longo prazo?", terá afirmado, na altura, Horner, defendendo que, "neste momento, estamos numa trajectória realmente empolgante, que não está dependente de envolvimento ou investimento externo, caso existisse, efectivamente, o parceiro certo".
Porsche não vai desistir
Quanto à Porsche e embora o entendimento com a Red Bull Racing pareça estar já complemente posto de parte, não terá desistido da intenção de ingressar de Fórmula 1, com a marca a deixar a certeza de que, "com a concretização das alterações nas regras, as corridas [de Fórmula 1] continuam sendo um ambiente atraente para a Porsche, o qual continuará, assim, a ser monitorizado".
De resto e no que diz respeito à Audi, a outra marca do Grupo Volkswagen que pretende ingressar no 'Grande Circo', continua as suas negociações com a Sauber, com o objectivo de garantir a presença na grelha de partida, já a partir de 2026.