Porsche Holding assume controlo da VW, Audi e Skoka e garante investimento de 15 milhões em Portugal

Pedro Almeida, responsável pela SIVA, destacou a relevância deste negócio para as boas contas da empresa, lembrando porém os atuais problemas.

Depois de um período longo de negociações, a SIVA (Sociedade de Importação de Veículos Automóveis) passou a ser detida pela Porsche Holding Salzburg (PHS).

Deste modo, desde esta segunda-feira, 21 de outubro, a responsabilidade pelas operações das marcas Volkswagen, Volkswagen Veículos Comerciais, Audi, Skoda, Bentley e Lamborghini passa a ser exclusivo desta nova empresa vinda da Alemanha.

A cerimónia que oficializou esta compra aconteceu nas instalações da SIVA, na Azambuja, e contou com os principais responsáveis da organização e da PHS que, em conferência de imprensa, definiram as linhas orientadoras para melhorarem as operações da importadora em território nacional.

Hanz-Peter Schutzinger, representante da nova administração, explicou ao painel de jornalistas que, com este negócio, está garantido um "investimento de 15 milhões de euros", passando assim a ser Portugal uma "chave" dentro do negócio da PHS. Outro objetivo para o nosso país é conseguir colocar a circular nas estradas mais de 30 mil automóveis do grupo VW, afinca o representante alemão.

Pedro Almeida, responsável pela SIVA, destacou a relevância deste negócio para as boas contas da empresa, lembrando porém que os atuais problemas não se "resolvem de um dia para o outro".

"Este é um momento muito importante para o futuro da SIVA. Proporciona-nos agora a oportunidade de colocar a nossa organização comercial novamente na senda do progresso, com as melhores marcas, as melhores equipas e também com a melhor empresa de distribuição do setor automóvel", enalteceu o homem forte da SIVA.

Questionado pela revista Turbo sobre a forma de fazer crescer as vendas de carros em Portugal das suas marcas, o português reconhece o peso do 'rent-a-car' no panorama nacional, mas garante também que a participação da SIVA nesse setor estará sempre subordinado ao "fator de risco controlado".

"O setor de rent-a-car é um negócio de risco, face à questão do valor residual. Não vamos esquecer que faz parte de 24 ou 25% do mercado português, mas vamos fazê-lo de forma controlada e com risco controlado. Um grande ativo das marcas automóveis é o valor residual dos seus carros, por isso importa fazê-lo por um canal apropriado e não por outros canais que degradem ainda mais esse mesmo valor residual", acrescentou.