Atualmente o modelo best-seller na oferta da marca sino-sueca de automóveis elétricos, o Polestar 2 tem já sucessor definido e confirmado. Embora com um nome que poderia fazer antever um modelo maior, o futuro Polestar 7 será, sim, radicalmente diferente do 2, com chegada prevista lá mais para 2027.
A confirmação, não apenas da sucessão, mas também do nome, do novo modelo que chegará para fazer frente ao Tesla Model 3, foi dada pelo CEO da Polestar, Thomas Ingenlath, em declarações à britânica Autocar, garantindo que, apesar do número escolhido, o modelo vem para posicionar-se no mesmo patamar do atual Polestar 2.
Embora não querendo entrar em detalhes quanto a aspectos como o design do novo Polestar 7, até porque "o tipo de carro e como o faremos, são coisas que poderemos discutir quando chegar a hora", Ingenlath não deixou de levantar um pouco do véu, ao considerar que, "por mais que pudéssemos construir um carro muito semelhante [ao Polestar 2], até por ter um número diferente, tal vai ajudar-nos a evitar cair nessa armadilha natural em que o atual modelo está encaixotado".
Recorrendo ao exemplo do Volkswagen Golf, o CEO da Polestar defendeu que, ter uma longa linha de modelos, com gerações de dois dígitos, acaba sendo "muito limitador em termos de poder de inovação".
Lá mais para 2027
Entretanto, a garantir algum tempo para desenvolvimento do futuro modelo, está o facto do Polestar 2, atualmente o modelo mais vendido da marca sino-sueca de automóveis elétricas, com mais de 150 000 unidades comercializadas num total de 26 mercados, ter ainda algum tempo de vida pela frente. Isto, depois de ter sido lançado no mercado em 2020 e sujeito a uma atualização, a meio do ciclo de vida, em 2023.
LEIA TAMBÉM
Polestar 2 Dual Motor Performance Pack. Disse, aborrecido de conduzir?
Caso tudo corra dentro da normalidade, o best-seller da Polestar só deverá reformar-se lá mais para 2027, o que deverá permitir ao fabricante trabalhar convenientemente o sucessor, ao mesmo tempo que procura reforçar-se financeiramente, de forma a ter capital para desenvolver os seus próximos elétricos. Até porque já não pode contar com o suporte financeiro da Volvo, a qual entregou a maior parte das acções que detinha à casa-mãe de ambas, a chinesa Geely.
"Não somos a BYD ou a Tesla"
Quanto às repercussões que o recente arrefecimento do mercado mundial de elétricos poderá ter no futuro da marca, Thomas Ingenlath mostra-se confiante, até porque, defendeu, "nós não somos a BYD, não somos a Tesla, não temos fábricas e volumes que chegam aos milhões. Temos, sim, um público-alvo premium e de luxo muito bem definido, assim como um produto vocacionado exactamente para esse mesmo público".
"Nós não estamos no campeonato do volume e do mercado de massas", concluiu.