Quase três décadas após ter abandonado a América do Norte, foi anunciado que, liderando a ofensiva do Grupo PSA para este território, a Peugeot regressa aos Estados Unidos Quando Carlos Tavares foi escolhido para liderar a PSA (Peugeot-Citroën, entretanto tornando a DS totalmente independente e depois reforçada com a compra da Opel), uma das intenções anunciadas para o grupo automóvel gaulês passava pelo regresso à América do Norte. Na altura poucos detalhes foram revelados, e nem sequer estava ainda decidido qual seria a marca escolhida para esta hercúlea tarefa, sabendo-se a dificuldade que os fabricantes europeus têm tido do outro lado do Atlântico. Mas agora, que entra em ação a segunda fase do plano Push to Pass, ficou confirmado que a Peugeot regressa aos Estados Unidos, liderando a ofensiva da PSA nesta região do globo. Foi há 28 anos que, impulsionada por uma recessão no mercado e uma quebra de 80% das vendas em comparação a 1980 (com apenas 4292 automóveis vendidos em 1990), a marca do leão deixou a América do Norte. Isto já após a Citroën também ter saído de cena nesta zona. Agora foi anunciado o retorno, embora ainda sejam escassos os detalhes. A Peugeot apenas deve revelar a meio do ano quais os modelos escolhidos e como será a importante questão da produção (basta recordar as "guerras" de Donald Trump com vários fabricantes devido à produção fora dos Estados Unidos). No entanto, tendo em conta que o plano é estar no mercado até 2026, seguramente há tempo para estas decisões. Apesar de tudo, não é de ignorar a possibilidade dos Peugeot chegarem mais cedo à América, por exemplo em modalidades de car-sharing ou outras soluções de mobilidade. Mesmo com todo este hiato até o efetivo regresso, a PSA já deu início ao moroso processo de homologação das suas viaturas. E, além disso, para ir conhecendo o mercado, tem em funcionamento desde 2017 a sua App de mobilidade free2Move na cidade de Detroit. Até já existe um mapa "reduzido" sobre os potenciais locais para dar início à ofensiva, avança a Automotive News. A lista conta com 15 Estados norte-americanos e mais 4 províncias canadianas, que representam 62% de todo o mercado e nos quais a escolha de marcas estrangeiras por parte dos clientes é mais expressiva. O que é bastante lógico, pois é sempre melhor começar (ou, neste caso, recomeçar) num local onde a probabilidade de ser escolhida pelos consumidores é mais elevada. Fonte: Automotive News Europe e mais fontes