Peugeot não precisa de elétricos… mas já pensa nesse futuro

Os gauleses afirmam que, ao contrário de outras marcas que estão a lançar modelos exclusivamente elétricos e a perder dinheiro, não sente essa necessidade para cumprir os limites de emissões. Mas também está já a desenvolver uma oferta composta pelas diferentes motorizações… Jean-Phillipe Imparato, o Diretor-Executivo da Peugeot, afirmou à Autocar que a marca não sente a necessidade de acelerar a transição para os modelos elétricos como forma de cumprir as emissões. Embora já existam planos nesta área, este responsável veio afirmar que através de uma oferta diversificada de motorizações irá conseguir atingir as metas estabelecidas nos diversos mercados onde opera. E, falando da performance comercial, Imparato reconheceu também a importância dos SUV e da globalização para o resultado positivo que a marca alcançou.
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Em 2017 a marca do leão impulsionou os resultados do Grupo PSA, pois os 2119845 veículos transacionados representaram um aumento de 10,4% em comparação ao período homólogo. Algo para que teve grande impacto a forte presença no segmento SUV, com o 2008, o 5008 e, especialmente, o Peugeot 3008 eleito como Carro Europeu do Ano de 2017 (entretanto o prémio passou para o Volvo XC40). Para se perceber como é importante acompanhar esta tendência, entre 2016 e 2017 a procura por estes modelos da Peugeot subiu 150%. A globalização da marca é outro segredo para este registo positivo, pois os mercados fora da Europa já representam 45% das vendas (mais 7% que em 2015) e estão em linha com o objetivo de significarem metade do volume total em 2020. As motorizações alternativas foram outro tema importante em foco, com Imparato a explicar que a Peugeot não precisa de elétricos para cumprir as metas de emissões. Embora seja previsível que 8% da gama esteja eletrificada em 2019, com um forte aumento para 50% logo em 2020, o Diretor Executivo diz que sem lançar modelos desenvolvidos exclusivamente como elétricos, e mesmo com a queda dos diesel, vai cumprir as regras. "Vamos de certeza atingir as nossas metas de CO2 para 2021. E não preciso lançar modelos [totalmente] elétricos e ter prejuízo para cumprir os objetivos. Vou lançar uma mistura [de diferentes motorizações] para proteger as minhas operações".
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Este alto quadro da marca gaulesa não tem dúvidas de que a Peugeot está bem preparada para as futuras restrições a aplicar na próxima década. Por isso afirma que "vamos ter o nosso ecossistema global preparado para cumprir os objetivos não apenas em 2021 mas também em 2025 e 2030". Explicando que para tal "a transição elétrica na Peugeot não é no futuro, é agora", referiu que provavelmente dentro de uma década a marca terá um veículo desenvolvido de origem como elétrico. Mas, enquanto não chega esse momento, "nos próximos anos temos uma plataforma modular, porque isso vai ajudar-nos a ter máxima cobertura de todos os mercados. Ela irá dar para as quatro [fontes de] energias: elétrico, híbrido, gasolina e diesel". Fonte: Autocar