Embora a receber encomendas deste outubro de 2021, a Peugeot Portugal só agora decidiu apresentar, de forma oficial, a nova 308 SW. Variante mais familiar que chega aos concessionários em Maio, pela primeira vez com motorizações híbridas, os níveis de equipamento da berlina, e preços a partir de 27.000€. A juntar a uma forte campanha de financiamento.
Numa altura em que a berlina, em comercialização no mercado português desde dezembro último, soma já extensa falange de indefectíveis, fruto não apenas das linhas marcantes, como também de uma forte componente tecnológica de que as motorizações híbridas fazem igualmente parte, eis que a Peugeot Portugal joga o verdadeiro ás de trunfo, ao juntar ao hatchback, a variante que, ao longo dos anos, mais tem marcado a imagem da marca do leão, no segmento C - a SW.
Mesmo perante um mundo marcado por incertezas várias - é a pandemia de COVID-19, a escassez de semicondutores, a guerra na Ucrânia, etc... -, a Peugeot reforça, assim, a aposta num segmento que, não sendo o de maior peso no nosso País (é-o na Europa), constitui um contributo importante para o crescimento sustentado que a marca tem vindo a registar ao longo dos últimos 12 anos. E que o lançamento, agora, da 308 SW, procurará ajudar a renovar aquela que foi a última, e quiçá, mais significativa, conquista da marca francesa, no nosso País: a obtenção do ceptro de marca mais vendida, neste caso, durante o ano de 2021.
De resto e a ajudar a esta esperança, não apenas o facto de ter ficado igualmente no pódio (3.º) entre as marcas que comercializam veículos elétricos a bateria (BEV) e veículos híbridos plug-in (PHEV), logo atrás da líder Mercedes e da BMW, como também todos os índices que atestam da afirmação do "leão" entre os portugueses. Como é o caso do índice de fidelização, que passou dos 43% em 2020 para os 52% em 2021, ou do índice de conquista de novos clientes, que subiu dos 6,3%, para os 11,8%. Com ambos a contribuírem, igualmente, para que a Peugeot se tornasse também líder nas intenções de compra...
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Entretanto e com o lançamento da 308 SW, que a Peugeot Portugal acredita poder vir a fazer sucesso, maioritariamente, entre as empresas (80% das expectativas de vendas, contra 20% dos particulares), as quais deverão preferir, igualmente, as motorizações eletrificadas (85%), a Peugeot aponta, já a partir de maio, a um alvo ainda maior: liderar todo o segmento C (berlinas e carrinhas) e, inclusive, entre aquilo que são as propostas PHEV; sejam elas berlinas ou SW!
Maior, com mais espaço e mais bagageira
Falando deste novo modelo propriamente dito, a afirmação, desde logo, de que se trata, não de uma mera variante, mas de uma proposta concebida praticamente à parte da berlina. E que junta ao estilo expressivo e até desportivo, inaugurado pelo cinco portas, valores como um maior volume de carga, mais espaço a bordo e utilização prática.
A ajudar a justificar estes argumentos, um crescimento, face à berlina, de 6 cm (4,64 m) no comprimento exterior, mais 5 cm (2,73 m) na distância entre eixos, mas também menos 2 cm (1,44 m) em altura. Alterações que, segundo a Peugeot, permitem oferecer não apenas um carro mais elegante, graças também ao pára-brisas mais inclinado e recuado, como mais espaço para os joelhos na segunda fila (129 mm). E, principalmente, um volume de bagageira que, graças a uma projecção traseira 21 cm mais longa, começa nos 608 litros (548 l, as versões híbridas), para só terminar 1.634 litros (1.547 l), já com os bancos traseiros rebatidos.
Ainda na bagageira, a promessa de uma maior funcionalidade, principalmente, nas versões com motores apenas térmicos, que não possuem qualquer bateria por baixo do piso, libertando assim espaço para um alçapão. Sendo que, todas as versões possuem, tanto o chamado 'Magic Handle', o manípulo que permite rebater mais facilmente as costas dos bancos, como o portão traseiro de accionamento elétrico.
Já no habitáculo, um replicar do ambiente inaugurado com o novo 308, a começar pelo renovado Peugeot i-Cockpit, excelente na forma como recebe o condutor, mas cujo painel de instrumentos, 100% digital, mas também mais pequeno (o carro que conduzimos era um Allure Pack), além de configurável, parece ter informação a mais para tão pouco espaço disponível.
Igualmente presente, a tecnologia i-Connect, com 'Wireless mirroring', emparelhamento de até dois smartphones, atualização de mapas "over-the-air" e o assistente de voz 'Ok Peugeot'. Tudo isto, num ecrã central de design e layout cativantes, mas em que os comandos passaram a ser praticamente todos tácteis. O que, por vezes, obriga a tirar os olhos da estrada para seleccionar o comando pretendido...
Finalmente e numa proposta que, embora familiar, não deixa de transparecer um certo "acanhamento" nos lugares traseiros (e, principalmente, o do meio), reforçado foi, ainda o pacote de tecnologias de ajuda à condução e segurança, que passa, assim, a contar com soluções como o sistema de vigilância traseira de longo alcance do ângulo morto (Rear Warning) com alerta de tráfego traseiro, nova câmara de marcha-atrás de alta definição de 180° ou a travagem automática de emergência com alerta de risco de colisão.
Com motores para todos os gostos
Idêntica à da berlina, é a oferta em termos de motorizações, a qual surge assim composta por blocos a gasolina - 1.2 PureTech de 110 e 130 cv - e Diesel - 1.5 BlueHDI 130 cv -, ambos disponíveis tanto com caixa manual de seis velocidades (CVM6), como com automática de dupla embraiagem de oito relações (EAT8), além de e pela primeira vez num Peugeot deste segmento, um sistema de propulsão híbrida plug-in, com dois níveis de potência combinada: 180 e 225 cv. Invariavelmente conjugados com caixa automática de 8 velocidades específica (e-EAT8) e a prometerem, graças à integração de uma bateria de 12,4 kWh, autonomias elétricas que, na versão de 180 cv, variam entre os 60 e os 72 km, consoante seja um trajecto misto ou apenas em cidade. Ou, no caso da versão de 225 cv, a variarem entre os 60 e os 69 km.
No evento de apresentação em que marcámos presença, a possibilidade de conduzir a motorização híbrida de 180 cv, solução que, composta por um bloco PureTech a gasolina de 150 cv, acrescido de um motor elétrico de 81 kW (110 cv), mostrou sempre resposta pronta ao acelerador, embora e devido ao percurso de muitas curvas, encaradas de forma aplicada, a registar consumos algo elevados, a rondar os 8 l/100 km. Isto, com a carrinha francesa a responder, não apenas à gulodice do motor, como também à maior aplicação na condução, com o mesmo comportamento que já havíamos experimentado na berlina, de pisar firme sem deixar de ser confortável, e, acima de tudo, muito precisp e envolvente no descrever das curvas. Inclusivamente, sem necessidade de correcções na direcção.
Passando ao carregamento da bateria, saliente-se o facto da 308 SW vir equipada com um carregador monofásico de 3,7 kW (7,4 kW em opção) e que permite recorrer, tanto a uma simples tomada doméstica de 8A, com uma potência de 1,8 kW, através da qual repõe a totalidade da capacidade em qualquer coisa como 7h05m, como a uma tomada reforçada de 16A e com 3,2 kW de potência, através da qual demorará 3h52m a chegar aos 100% de capacidade. Ou, ainda, a uma wallbox de 32A, capaz de fornecer uma potência máxima de 7,4 kW, solução através da qual demorará 1h40m.
Ao mesmo tempo e também como forma de aumentar a atractividade das motorizações híbridas, a Peugeot preparou uma série de ofertas, como é o caso do cabos de carregamento ou da wallbox, ou até mesmo da disponibilização de soluções alternativas de mobilidade, com o recurso ao aluguer, em condições especiais, de viaturas com motores térmicos, para a realização de viagens mais longas.
Especificamente para a bateria, a garantia de 8 anos ou 160.000 km, assim como da emissão de um certificado da capacidade da bateria, sempre que o proprietário fizer a assistência do veículo nos concessionários oficiais da marca. Para os quais também pode beneficiar de contratos de serviços e assistência em viagem
A partir de 27.000€... e com a hipótese Easy Credit
Finalmente e sobre a gama e preços para Portugal, uma oferta baseada em cinco níveis de equipamento - Active Pack, Allure, Allure Pack, GT e GT Pack -, sendo que, quando conjugados com motorizações térmicas, preços a partir de 27.000€ (Active Pack), com o Allure a custar mais 3.220€ (30.220€), e o Allure Pack, a custar mais 900€ (31.120€) que este último. Já o GT, começa nos 35.470€, ou seja, mais 5.250€, enquanto o GT Pack chega aos 37.520€, em resultado de um aumento de 2.150€ face ao anterior.
Passando às motorizações híbridas, um Hybrid 180, a apresentar como preços de entrada 39.150€ (Active Pack), 41.350€ (Allure), 42.250€ (Allure Pack), 44.700€ (GT) e 46.750€ (GT Pack), enquanto a variante mais potente, com uma potência combinada de 225 cv e disponível apenas com os dois níveis de equipamento mais elevados, tem como preços base 46.200€ (GT) e 48.250€ (GT Pack). Observado de forma mais global, uma diferença de 1.100€ face ao preço da berlina, nas versões correspondentes.
Para quem não pretenda, efectivamente, comprar uma 308 SW, mas apenas disfrutar da mesma, já com o intuito de a trocar ao fim de 48 meses ou 60.000 km, a Peugeot Portugal propõe, para os particulares, a solução Easy Credit, através da qual qualquer cliente pode ter uma 308 SW Active Pack com motorização 1.2 Puretech 110 cv, caixa manual de seis velocidades (CVM6) e pintura metalizada, mediante o pagamento de um valor inicial de 4.750€, seguido de uma mensalidade, ao longo do contrato, de apenas 220€.
Caso prefira a versão 308 SW Hybrid Active Pack 180 e-EAT8, a mesma entrada de 4.750€, mas com o valor mensal a subir para os 360€. Embora e neste caso, já com o carregador monofásico de 7,4 kW, a pintura metalizada e a oferta de 2 anos de manutenção sem custos, incluídos.
Para as empresas, as mesmas condições em termos de duração de contrato, com a simulação a diferir apenas na motorização térmica, que passa a ser o 1.5 BlueHDI 130 CVM6. Que, com mesmo nível de equipamento Active Pack, mais pintura, passa a ostentar uma mensalidade de 435€ c/ IVA.
Quanto ao 308 SW Active Pack Hybrid 180 e-EAT8, terá como mensalidade, já incluindo o carregador de 7,4 kW e a pintura, 496€ c/ IVA... ou 403€, sem IVA.