A Associação de Fabricantes de Automóveis na Europa (ACEA) apresentou os resultados do estudo "Making The Transition to Zero-emission Mobility", uma publicação que identifica as razões pelas quais a expansão dos elétricos na União Europeia tarda em acelerar. A Comissão Europeia espera que os carros totalmente elétricos correspondam a 15% do total das vendas de automóveis por volta de 2025 e 30% em 2030. No entanto, ainda existem entraves à expansão dos elétricos nos mercados da União Europeia e a ACEA distingue três pontos essenciais no seu estudo: o custo, a disponibilidade de infraestruturas e a falta de investimento. Este estudo traça um paralelo entre o PIB per capita dos países e a percentagem que os elétricos assumem nos mercados dos diferentes países. Nos países em que o PIB per capita é inferior a 18,000€, a quota de mercado dos veículos elétricos é próxima dos 0%. Em metade dos países membros da União Europeia, a percentagem não vai sequer além dos 0.75%. Atualmente, os automóveis elétricos puros correspondem a 1,5% do total das vendas de carros na União Europeia.
Inquérito revela ideias erradas sobre veículos elétricos
A mudança de foco dos fabricantes também influenciará a alteração deste cenário tal como as decisões que o Parlamento Europeu tomar - importando o resultado das metas de emissões de CO2 que serão votadas no próximo dia 10. "O Parlamento Europeu não deve perder a noção de que o mercado é essencialmente orientado pelos clientes. Uma mudança natural para os veículos elétricos simplesmente não acontecerá sem se ter em consideração a acessibilidade para o consumidor", sublinha Erik Jonnaert, Secretário Geral da ACEA. A existência de infraestruturas tem igualmente um impacto notável. A este nível, o estudo indica que dos cerca de 100,000 postos de carregamentos disponíveis em todo o continente europeu, 76% estão localizados em apenas quatro países: Alemanha, França, Holanda e Reino Unido. Em comparação, por exemplo, na Roménia, que é um país quase seis vezes maior do que a Holanda, apenas 114 postos de carregamento estão disponíveis para toda a nação.
Nissan e a democratização dos elétricos
Tem de haver um investimento assinalável para que se assista a uma expansão dos elétricos. Se se mantiver este nível de adesão, será impossível alcançar os objetivos da União Europeia. Em 2017, os elétricos corresponderam a apenas 0,7% das vendas de automóveis nos mercados da UE. A este ritmo, significa que em 2025 as vendas de carros elétricos representarão apenas 3.9% e, em 2030, 5.4% - muito longe das metas de 15 e 30%, respetivamente. "Estamos preocupados que alguns políticos tenham expetativas totalmente irrealistas em relação ao ritmo do mercado. Já para cumprir o valor de referência atual da Comissão teríamos de saltar de menos de 1% das vendas dos automóveis elétricos para os 30% em apenas 12 anos. E o Parlamento está a propor metas ainda mais agressivas, chegando aos 50%", alertou Jonnaert. Há, portanto, muito a fazer para que os mercados União Europeia consigam atingir os objetivos de proporção de vendas estabelecidos. Este é um complexo processo que envolve partes distintas - os consumidores, os fabricantes e as próprias políticas decretadas pela UE. Leia também: Elétricos enfrentam o Inverno da Noruega. Saiba qual o que se destacou
Fontes: ACEA, InsideEVS, Green Car Congress
Inquérito revela ideias erradas sobre veículos elétricos
A mudança de foco dos fabricantes também influenciará a alteração deste cenário tal como as decisões que o Parlamento Europeu tomar - importando o resultado das metas de emissões de CO2 que serão votadas no próximo dia 10. "O Parlamento Europeu não deve perder a noção de que o mercado é essencialmente orientado pelos clientes. Uma mudança natural para os veículos elétricos simplesmente não acontecerá sem se ter em consideração a acessibilidade para o consumidor", sublinha Erik Jonnaert, Secretário Geral da ACEA. A existência de infraestruturas tem igualmente um impacto notável. A este nível, o estudo indica que dos cerca de 100,000 postos de carregamentos disponíveis em todo o continente europeu, 76% estão localizados em apenas quatro países: Alemanha, França, Holanda e Reino Unido. Em comparação, por exemplo, na Roménia, que é um país quase seis vezes maior do que a Holanda, apenas 114 postos de carregamento estão disponíveis para toda a nação.
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Tem de haver um investimento assinalável para que se assista a uma expansão dos elétricos. Se se mantiver este nível de adesão, será impossível alcançar os objetivos da União Europeia. Em 2017, os elétricos corresponderam a apenas 0,7% das vendas de automóveis nos mercados da UE. A este ritmo, significa que em 2025 as vendas de carros elétricos representarão apenas 3.9% e, em 2030, 5.4% - muito longe das metas de 15 e 30%, respetivamente. "Estamos preocupados que alguns políticos tenham expetativas totalmente irrealistas em relação ao ritmo do mercado. Já para cumprir o valor de referência atual da Comissão teríamos de saltar de menos de 1% das vendas dos automóveis elétricos para os 30% em apenas 12 anos. E o Parlamento está a propor metas ainda mais agressivas, chegando aos 50%", alertou Jonnaert. Há, portanto, muito a fazer para que os mercados União Europeia consigam atingir os objetivos de proporção de vendas estabelecidos. Este é um complexo processo que envolve partes distintas - os consumidores, os fabricantes e as próprias políticas decretadas pela UE. Leia também: Elétricos enfrentam o Inverno da Noruega. Saiba qual o que se destacou
Fontes: ACEA, InsideEVS, Green Car Congress