São, claramente, números que nos devem fazer pensar: a Operação Páscoa da GNR, que decorreu entre 3 e 11 de abril, nas estradas portuguesas, terminou com um total de 15 mortos, 45 feridos graves e 560 feridos ligeiros. No caso das vítimas mortais, três vezes mais que o registado em 2022.
Concluída esta terça-feira, a operação de fiscalização e patrulhamento da Guarda Nacional Republicana (GNR), durante as férias de Páscoa deste ano, acabou revelando um cenário verdadeiramente catastrófico: os portugueses estão mais irresponsáveis na estrada, conduzindo a velocidades muito acima dos permitido e, muitas vezes, com álcool no sangue.
A demonstrá-lo, não apenas os 1.816 acidentes contabilizados entre 3 e 11 de abril, dos quais resultaram 15 vítimas mortais, mas também as 4.724 contraordenações aplicadas por excesso de velocidade, além dos 349 condutores detidos por condução com excesso de álcool acima do limite legal de 1,2 gramas por litro de sangue.
A par destes crimes, foram ainda detidos 208 condutores por não possuírem carta de condução, enquanto 1.152 condutores acabaram atuados por falta de inspecção periódica, 502 por anomalias nos sistemas de iluminação e sinalização, 551 por falta ou incorrecta utilização do cinto de segurança e/ou sistemas de retenção para crianças, 414 por falta de seguro de responsabilidade civil obrigatória e 395 por utilização indevida do telemóvel durante a condução.
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Recordar, ainda, que os números aqui referidos dizem respeito, apenas, à acção de fiscalização e patrulhamento da GNR, não contemplando os resultados obtidos, durante o mesmo período, pela Polícia de Segurança Pública. Os quais, tornariam, certamente, ainda mais negro, o cenário aqui descrito.
Assim, fica, apenas, a pergunta: quantas mais mortes serão precisas para que nos tornemos mais responsáveis na estrada?...