A Opel está a comemorar o 30º aniversário do Monterey, modelo que se posicionava no segmento superior do mercado europeu de veículos de todo-o-terreno. A proposta da Opel destacava-se pela combinação de uma carroçaria elegante e capacidade de todo-o-terreno com um elevado nível de conforto e muito espaço.
Resultado da cooperação com a Isuzu, a Opel lançou o Monterey em 1992, destinado ao segmento superior de veículos de todo-o-terreno. Aquela proposta foi adaptada para o mercado europeu, cuja procura era baseada na combinação da capacidade de progressão em fora de estrada e do conforto típico dos automóveis de passageiros.
O aspeto robusto e uma funcionalidade de topo eram outras caraterísticas que tornaram este modelo popular junto dos consumidores europeus, a que se juntava a roda suplente montada na porta traseira que sublinhava o seu caráter de todo-o-terreno.
O Monterey era proposto em duas versões de carroçaria e três níveis de equipamento. A marca disponibilizava o Monterey RS como uma versão de reduzida distância entre eixos, com três portas e quatro lugares. O Monterey e o Monterey LTD contavam com uma maior distância entre eixos e a opção de cinco ou sete lugares.
Graças à posição elevada dos bancos, o condutor dispunha de uma boa visibilidade, enquanto os passageiros desfrutavam de espaço generoso para a cabeça e para as pernas. Os apoios de braços para o condutor e passageiro da frente aumentavam ainda mais o conforto.
O Monterey era igualmente muito prático, pois com os bancos traseiros rebatidos o volume disponível para bagagem crescia para 2.548 litros. O todo-o-terreno da Opel podia, também, rebocar 2600 kg.
Verdadeiro todo-o-terreno
O Opel Monterey foi projetado não só para oferecer uma condução confortável em estrada, mas, também para superar os obstáculos mais exigentes em todo-o-terreno.
A suspensão dianteira independente contava com triângulos duplos, enquanto a traseira dispunha de um eixo traseiro rígido com braços longitudinais, uma barra Panhard e molas helicoidais progressivas.
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A incursão em percursos de todo-o-terreno era facilitada pela robustez de todos os componentes. O curso das molas de 205 milímetros à frente e 230 mm atrás garantia que o Monterey podia vencer com facilidade terrenos difíceis, tais como trilhos e valas, mesmo em encostas inclinadas.
A caixa com redutoras permitiu-lhe enfrentar inclinações de até 76 por cento. Outros pré-requisitos para incursões todo-o-terreno incluíram uma passagem a vau de até 600 mm e um ângulo ventral máximo de 45 graus, bem como ângulos de ataque/saída de 40/31 graus, respetivamente. Todos os Monterey dispunham, de série, de cubos de roda livre no eixo dianteiro.
Motores diesel e gasolina
No capítulo mecânico, o Monterey era disponibilizado com dois motores: um diesel de quatro cilindros de 3,1 litros com 114 cv e um V6 a gasolina com 177 cv.
Já perto do fim da sua carreira comercial, o Monterey recebeu em 1996 o sistema de controlo eletrónico "No Stop All-Wheel Drive". Integrado na dotação de série permitia, ao toque de um botão, engrenar a tração integral até aos 100 km/h.
O sistema tornou o Monterey mais seguro e mais conveniente, já que os condutores podiam aceder aos benefícios da tração integral não só quando saíam da estrada, mas também no caso de encontrarem superfícies escorregadias inesperadas.
Em 1998, o Monterey passou a contar com duas motorizações: um V6 de 3,5 litros a gasolina e um motor quatro cilindros de 3,0 litros a gasóleo. Este último permitiu a Monterey tornar-se no primeiro todo-o-terreno a combinar tecnologia de quatro válvulas por cilindro com injeção direta do tipo common-rail.
Em comparação com o seu antecessor, o novo motor diesel ofereceu uma melhoria significativa da potência (+40%) e do binário (+28%), em conjunto com um menor consumo de combustível. O Monterey também podia rebocar até 3.300 kg, na altura, uma das mais altas classificações da sua categoria.
Em 1999, após sete anos de produção, a carreira comercial do Opel Monterey chegou ao fim. O campeão de vendas deste modelo foi o Monterey LTD com equipamento topo de gama, sinal que, mesmo nessa altura, os clientes queriam uma mistura de elegância dinâmica e alta versatilidade com tecnologias inovadoras.
