Opel Frontera tornou-se num SUV eletrificado e…acessível

A Opel recuperou a designação Frontera para o novo SUV familiar de segmento B, que apresenta dimensões exteriores compactas e um generoso espaço no habitáculo. A nova proposta estará disponível em motorizações híbridas suaves e elétrica a bateria com 305 km de autonomia, e dois níveis de equipamento, Edition, e GS.

Com um posicionamento entre o Mokka e o Grandland, o Frontera tornou-se num SUV de segmento B, com um comprimento exterior de 4,39 metros, largura de 1,80 metros e altura de 1,64 metros. Um dos argumentos é o preço de venda ao público, já que as versões de entrada híbrida e elétrica são propostas por valores abaixo de 25 mil euros e 30 mil euros respetivamente.

A Opel recuperou a designação Frontera para este seu novo SUV familiar eletrificado, mas do modelo original ficou o nome e nada mais. Se o primeiro Frontera era um veículo de todo-o-terreno puro e duro, equipado com motor Isuzu com tração integral, que oferecia elevadas aptidões em fora de estrada, o seu sucessor indireto é um civilizado SUV familiar com tração dianteira e dimensões compactas, estando disponível em duas motorizações híbridas suaves de 48V e numa elétrica a bateria.

Esta terceira geração do Frontera foi desenvolvida a partir da nova plataforma Smart Car da Stellantis, sendo partilhada com outros modelos do grupo, designadamente o Citroën C3 e o C3 Aircross. Aquela arquitetura multi-energias foi concebida para ser o mais básica e simples possível para permitir a disponibilização de veículos com preços de aquisição mais acessíveis. No entanto, está preparada para oferecer a possibilidade de acrescentar novas funcionalidades, em vez de as retirar como aconteceria numa plataforma mais sofisticada.

Design germânico

O Frontera é caraterizado por linhas equilibradas e originais, assumindo-se como um verdadeiro Opel em todos os ângulos da carroçaria, não faltando a assinatura visual Opel Vizor com faróis Full LED, a que se junta um pára-choques volumoso. A forte presença é sublinhada pelas amplas cavas das rodas e pelas proporções arrojadas, bem como tejadilho em dois tons, que pode integrar barras de transporte com capacidade até 240 kg.

As suas grandes portas traseiras garantem um fácil acesso à segunda fila de assentos, estando ainda disponível, em opção no nível de equipamento GS das versões híbridas suaves, uma terceira fila de dois lugares, que se destinam a deslocações ocasionais.

Na versão de cinco lugares existe uma porta da bagageira que assegura um fácil acesso a uma zona de carga que oferece um volume de 460 litros com os bancos traseiros em posição normal ou até 1600 litros com o rebatimento das costas.

Espaço a bordo não falta quer para os ocupantes dos lugares dianteiros, graças à distância entre-eixos de 2,67 metros, quer dos assentos dianteiros. As versões mais equipadas, GS, possuem assentos Intelli-Seat, com apoio lombar, e painel de instrumentos panorâmico - Pure Panel - com dois ecrãs digitais de 10”.

A versão de entrada recebe um suporte para Smartphone, que serve de dispositivo de informação e comunicação, a que se acede através de botões no volante multifunções.

Hybrid e Electric

A plataforma multi-energias permitiu disponibilizar duas variantes eletrificadas do Frontera. A versão elétrica vem equipada com um motor síncrono dianteiro com 113 cv (83 kW), alimentado por uma bateria LFP de 44 kWh, que oferece uma autonomia de até 305 quilómetros, um valor suficiente para utilização urbana e para a esmagadora maioria das deslocações pendulares. A oferta será reforçada no próximo ano pela nova versão “Long Range” com 400 quilómetros de autonomia.

A pequena bateria proporciona uma vantagem: um peso de 1514 kg. O Frontera até não é muito leve, mas não tem tanto lastro como outros modelos do seu segmento com baterias maiores. Em estrada acusa as inércias, mas a suspensão é bastante firme e não tem muitas oscilações da carroçaria. Os pneus 215 montados em jantes de 17” suportam a maior parte do esforço.

O Frontera não dispõe de modos de condução, quer na versão elétrica, quer na térmica. Existe apenas um botão adicional no selector dos programas de condução com a letra “C” em vez da habitual “B”, que significa “Confort” e tem a função de oferecer um maior nível de intensidade de retenção, a qual é praticamente imperceptível para o condutor. No híbrido, a letra “C” é substituída pela “L” e serve para oferecer mais potência quando isso é necessário.

O Frontera Hybrid vem equipado com um motor de três cilindros de 1,2 litros com 100 cv ou 136 cv, apoiado por um pequeno motor elétrico de 28 cv (21 kW) e por uma bateria de 48V. O sistema é gerido por uma caixa de dupla embraiagem de seis velocidades.

As prestações da versão 1.2 Hybrid de 136 cv são ligeiramente melhores do que da congénere da bateria com uma aceleração dos 0 aos 100 km/h em 9,0 segundos contra 12,0 segundos, enquanto a velocidade máxima é de 190 km/h no primeiro caso e de 140 km/h. O consumo de combustível registado nas sinuosas estradas de Palma de Maiorca foi de 6,8 l/100 km, valor acima dos 5,2 l/100 km anunciados pela marca.

A versão elétrica tem um consumo médio de energia oficial de 18,2 kWh/100 km, mas esse valor não pode ser verificado porque o computador de bordo não disponibiliza essa informação, algo confirmado pela Opel.

Edition e GS

Em ambos os casos, a direção revelou-se suave e precisa, com um grande raio de viragem das rodas, obrigando a algum trabalho de braços nas curvas mais apertadas.

À semelhança de outros modelos, a Opel apostou numa estrutura de gama simples, com dois níveis de equipamento - Edition e GS - e quatro pacotes: Tecnologia, Conforto e Style, para o Frontera Edition, e 7 Lugares e Conforto, com conteúdos específicos, para o Frontera GS.

A versão de entrada é a Edition, que oferece jantes em aço de 16”, faróis Full-LED, tejadilho na cor da carroçaria, estofos em tecido, painel de informação ao condutor, digital de 10”, a cores, volante de três raios e base plana, comandos do rádio e telefone no volante, travão de mão elétrico, climatização manual, controlo automático de faróis, incluindo máximos.

Por sua vez, o nível de equipamento GS distingue-se pelas jantes em liga leve 17", badge Opel em preto, tejadilho em Preto Karbon, vidros traseiros escurecidos, retrovisores exteriores aquecidos de ajuste elétrico, rebatíveis eletricamente e faróis traseiros em LED. A dotação de série compreende ainda assentos estofos em tecido "Intelli-Seat", ar condicionado é automático, o sistema multimedia inclui navegação e ecrã tátil de 10”, câmara traseira.

O Frontera já está disponível para encomenda no mercado nacional, com preços a partir de 25 740 euros para o Hybrid 1.2 Hybrid 136 cv Edition e 29 240 euros para o Electric Edition. As versões GS são propostas por 29 240 euros e 32 740 euros. As primeiras unidades chegam em abril. Mais tarde será lançada a motorização híbrida menos potente, com 100 cv e preço a partir de 24 990 euros.