Pace, que significa ritmo em inglês, é o nome da nova estratégia da marca alemã. Entre os principais estão o regresso aos lucros, o reforço das sinergias e a liderança na mobilidade elétrica dentro do Grupo PSA, bem como a expansão da marca. Após as informações que surgiram na imprensa durante o início da semana, a Opel apresentou esta quinta-feira o seu novo plano estratégico - Pace. Totalmente integrada no Grupo PSA, após a conclusão da aquisição à GM, a marca pretende regressar rapidamente aos lucros, apontando para uma margem operacional de 2% já em 2020. Essencial para esse ponto será a obtenção de um ponto de break-even (a partir do qual a marca começa a ganhar dinheiro) numa fasquia mais baixa, de 800.000 veículos. Com vista a essa meta, dentro de três anos cada modelo da Opel custará menos 700€ a produzir. [https://www.turbo.pt/wp-content/uploads/2018/02/MEDIA-PACE.jpg,https://www.turbo.pt/wp-content/uploads/2018/02/501176.jpg,https://www.turbo.pt/wp-content/uploads/2018/02/501177.jpg,https://www.turbo.pt/wp-content/uploads/2018/02/501178.jpg,https://www.turbo.pt/wp-content/uploads/2018/02/1350_900_cefc6dbcafe994be3d07dfa7.jpg,https://www.turbo.pt/wp-content/uploads/2018/02/501176-4111111.jpg,https://www.turbo.pt/wp-content/uploads/2018/02/501176-22222222.jpg] Uma das formas de gerar poupança será também o aumento da eficiência na produção e logística (uma das falhas apontadas por Carlos Tavares, CEO da PSA). Neste campo a palavra-chave é "sinergias". Em 2020 será gerada uma poupança de 1100 milhões de euros com este estreitar de laços, um registo que subirá para 1700 milhões em 2026. A cooperação passará seguramente pela compra de componentes mas também pela partilha de elementos com as marcas da PSA (Citroën, Peugeot e DS), ao nível dos motores, transmissões e das plataformas. Neste último ponto encontramos um foco na simplificação da produção da Opel, que até 2024 reduzirá o número de plataformas utilizadas, passando das atuais nove para apenas duas. Nessa altura todas as arquiteturas do emblema germânico serão totalmente partilhadas com as das três marcas francesas. Provavelmente, se não existirem novidades neste campo por parte da PSA, elas serão as atuais CMF, para os mais compactos, e EMP-2, destinada a automóveis de maiores dimensões. Neste campo destaque para a revelação do primeiro teaser de um novo SUV que chegará ao mercado em 2020. Considerando que a marca anunciou que a partir de 2019 a EMP-2 será utilizada num novo SUV produzido na fábrica de Eisenach, esta poderá ser a primeira pista relativa a esse futuro modelo. Outro ponto será o foco da Opel nos veículos elétricos, onde a marca germânica será a "ponta-de-lança" da PSA. Até 2020 vão existir quatro modelos na gama com estas tecnologias, uma oferta onde se incluem o já anunciado Grandland X PHEV (híbrido de Plug-In) e um Corsa apenas movido com motor elétrico. O objetivo passa por garantir a eletrificação de todos os modelos da marca em 2024. No campo tecnológico, destaque também para o novo papel de Russelsheim. O Centro Técnico da Opel ganha agora maior abrangência, desenvolvendo competências para todo o Grupo PSA em áreas como as assistências de condução, a condução autónoma e os FCV. A expansão da Opel é outra das maiores apostas por parte da PSA, tanto na globalização como no reforço no segmento dos comerciais ligeiros. No primeiro parâmetro, e à imagem do que a PSA já fez com o reforço da presença no Médio Oriente e África, a Opel vai entrar em 20 novos mercados. Além disso, no caso dos comerciais ligeiros, com expetativas de um crescimento de 25% ao longo dos próximos três anos.