Óleo dos travões. Sabe como verificar e retificar?

Operação muitas vezes desvalorizada, a verificação da qualidade do óleo dos travões, é de extrema importância. Aprenda a fazê-lo, pela sua segurança.

Operação muitas vezes desvalorizada, a verificação da qualidade do óleo dos travões é de extrema importância para uma boa e correta utilização do Automóvel. Aprenda a fazê-lo... pela sua segurança.

Embora nem todos os condutores lhes dêem o devido valor, a verdade é que os travões, e tudo o que a eles diz respeito, são um dos aspectos mais importantes a ter em conta, no Automóvel.

 Também neste capítulo, o óleo dos travões, a sua boa qualidade e cuidada preservação, deve ser algo que o condutor nunca deve descuidar. Sob pena de, num qualquer momento de necessidade, a travagem não ser tão eficaz e tudo terminar num acidente.

Depósito não raras vezes desvalorizado, o depósito do óleo dos travões merece observação atenta

Atenção à temperatura!

Responsável por transmitir a força que o condutor exerce sobre o pedal do travão às pastilhas, de forma a que estas pressionem eficazmente os discos e imobilizem convenientemente a viatura, o óleo dos travões é mantido num sistema de circuito fechado sob pressão. Sendo também responsável por absorver parte do calor gerado pela fricção das pastilhas, nos discos de travão.

No entanto e com o objectivo de manter a eficácia do sistema, o óleo deverá exibir, sempre, níveis de temperatura de ebulição elevados. O que, com o passar do tempo e a progressiva entrada da humidade no sistema, acaba por não acontecer, com o ponto de ebulição a cair cerca de 10% ao ano.

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À medida que esta situação avança, não só se torna mais demorada a obtenção da temperatura ideal para que a travagem funcione corretamente, como o próprio pedal começa a transmitir, até ao momento em que se alcança a temperatura desejada, uma sensibilidade mais esponjosa. Assim como uma menor eficácia na travagem.

Qual a solução?

Simples: é preciso ir verificando, com alguma regularidade, o estado do óleo dos travões. Mas também mudá-lo, a cada dois anos, ou quando alcançada a quilometragem indicada pelo fabricante do automóvel.

Antes de colocar óleo de travões novo, deve conferir as especificações, quer do automóvel, quer do líquido que está a utilizar

Como se faz para perceber quando é chegado o momento de mudar? É exactamente isso que vamos passar a explicar:

1.º passo: Depois de desligar o motor e esperar o tempo necessário para que este arrefeça, descubra onde fica o depósito do óleo dos travões – à partida, deverá ser um recipiente transparente, na maior parte dos casos, localizado do lado do condutor.

2.º passo: Comece por verificar a quantidade que existe no depósito, sendo que, o adequado, é que o nível de óleo esteja entre as inscrições Mínimo e Máximo. Caso não consiga ver a olho nú, abra o depósito e, utilizando uma simples varinha, comprove o nível do óleo;

3.º passo: A seguir, verifique igualmente a cor do óleo. Tenha em atenção que o óleo deverá estar ligeiramente transparente e com uma tonalidade amarela. Caso apresente uma cor acastanhada, então, significa que já está velho e que chegou o momento de mudá-lo!

Mudança do óleo

Caso chegue à conclusão de que necessita de mudar o óleo dos travões, saiba que essa é uma operação que também poderá ser o próprio a fazer. Basta, tão só, que respeite e siga alguns passos:

1.º passo: Comece por assegurar-se de que compra o óleo adequado para o seu carro. Como? Verificando, no livro de revisões do automóvel, o óleo que é recomendado pela marca, para, em seguida, fazer o mesmo na embalagem. Confirmando não só o tipo (DOT 3, DOT 4, DOT 5.1), como também o ponto de ebulição – 205 graus centígrados, 230 graus centígrados, ou 260 graus centígrados.

Para a mudança de óleo, tenha em atenção o acondicionamento correcto do óleo velho, assim como o fechar correcto da tampa do circuito

2.º passo: Passando à mudança de óleo propriamente dita, existem várias formas de o fazer, embora a mais comum seja, mesmo, recorrendo à boa e velha gravidade: eleve o carro, retire a tampa do bojão que fica por baixo do automóvel, escorra o óleo velho para dentro de um recipiente, feche novamente o circuito, e, depois, é só voltar a encher o depósito com óleo novo.

Só mais um alerta: após introduzir óleo novo no sistema, não se esqueça de verificar, de novo, o nível do líquido. Sendo que, tal como anteriormente, é recomendável que este fique entre as marcas de Mínimo e Máximo, assinaladas no pequeno depósito junto ao motor.