A oferta de veículos comerciais elétricos no mercado nacional acaba de ser reforçada com a introdução da marca OHM, que será distribuída no nosso pais pela SJDA - Distribuição Automóvel. O responsável pela comercialização no mercado nacional, Carlos João, explica a estratégia para o nosso país.
A OHM é uma das as novas marcas que acabaram de surgir no mercado nacional, sendo a sua representação assegurada pela nova empresa SJDA - Distribuição Automóvel, a qual foi criada propositadamente para a sua importação.
No plano de negócio para 2024 está prevista a comercialização de 10 viaturas da OHM, segundo afirma Carlos João, gerente da SJDA - Distribuição Automóvel. "Consideramos que esse objetivo pode ser atingido facilmente e já temos propostas em carteira que nos permitirão alcançá-lo".
O OHM pretende cobrir uma lacuna que a empresa considera existir no mercado nacional que é a falta de oferta de veículos elétricos do tipo chassis-cabina com peso bruto de 3,5 toneladas. "Pela especificidade da viatura sentimos que irá ter uma boa aceitação, satisfazendo uma necessidade existente no mercado nacional, nomeadamente nas grandes cidades, como Lisboa ou Porto, mas também outras com ruas mais estreitas e apertadas", afirma o responsável.
"A comercialização irá ser assegurada diretamente pela SJDA, a partir das instalações da empresa em Sintra, com uma pessoa que estará encarregada pelo mercado nacional, que serei eu," afirma o responsável da nova empresa. "Mais tarde, face ao volume que esperamos, iremos ter um vendedor que dará seguimento, quer no Norte, quer no Sul." A distribuição dos veículos da OHM vai ser feita através de Espanha.
"No âmbito de um acordo com uma empresa que ficou com a representação ibérica temos autorização para importar através de Espanha e comercializar em Portugal", explica Carlos João.
Nove pontos de assistência
Em termos de homologação dos veículos, esta é assegurada por um parceiro. "Todas as viaturas já têm homologação europeia, o que facilita o processo em Portugal. Neste momento estamos fuma fase de homologação individual das viaturas, mas depois será geral", explica o gerente da SJDA. "Como já existem veículos OHM matriculados em Espanha, Itália e Países Baixos, esse processo será mais fácil em Portugal.
Numa fase inicial, a rede de assistência da OHM contará com um total de nove pontos no território nacional, incluindo quatro diretos em Sintra, Carregado e Vila de Nova Gaia ao abrigo de parcerias estabelecidas com outras empresas, e os restantes cinco serão assegurados por oficinas da rede FirstStop. "As oficinas de ligeiros da FirstStop darão assistência aos OHM", precisa Carlos João.
Os veículos da OHM estão sempre conectados, o que permite a disponibilização de serviços de manutenção preventiva. Nesta área, a SJDA - Distribuição Automóvel trabalha com uma empresa portuguesa, a qual consegue ter acesso em tempo real aos dados da centralina e do CAN (Controller Area Network).
Com base nessa informação é possível determinar se o veículo necessita de algum tipo de manutenção, preventiva ou corretiva. "Estamos em conversações com essa entidade para que o próprio cliente também tenha acesso à informação em tempo real ao estado da viatura, através de uma plataforma ou de uma "app" para smartphone". No caso da OHM, esse tipo de informação ainda é mais relevante por causa das baterias, designadamente a sua capacidade".
Solução chave na mão
A estratégia para a OHM passa pela disponibilização de um produto completo, com chassis-cabina e carroçaria. Uma das apostas para este segmento vai assentar nas versões com caixa de frio, Frigo, com geração e congelação, os quais estão vocacionados para distribuição de última milha.
A combinação de uma cabina mais estreita do que o habitual, com uma largura de apenas 1,76 metros, uma distância entre-eixos de 3,0 metros e um longo comprimento carroçável, tornam este modelo numa solução ideal para operação em meio urbano.
Por sua vez, os 280 quilómetros de autonomia em ciclo NEDC (246 km em ciclo WLTP) permitidos pela bateria com uma capacidade de 61,8 kWh "chegam perfeitamente para entregas nas cidades", segundo afirma o responsável pela distribuição da marca no nosso país. "Não acreditamos que a autonomia seja uma preocupação para o transportador e para o seu cliente", sublinha.
Os veículos da OHM também têm vocação para aplicações municipais, designadamente em cidades como Lisboa, Porto ou Coimbra. "São viaturas que conseguem passar em todo o lado", o que constitui uma vantagem em serviços de recolha de objetos de grandes dimensões ou de resíduos sólidos.
"A cabina também está bem conseguida para facilitar a movimentação no interior. A lotação para dois ocupantes é adequada para este tipo de operação. No entanto estamos em conversações com carroçadores nacionais para avaliar a possibilidade de se instalar um terceiro lugar", explica o entrevistado.
Renting também estará disponível
Para responder a uma tendência do mercado que procura soluções chave na mão, incluindo financiamento, o responsável da SJDA - Distribuição Automóvel refere "vários clientes têm contratos de renting com gestoras de frotas" pelo que a empresa está em "conversações" com aquelas entidades para apresentação de uma solução de renting, já com carroçamento da viatura, de forma a que não tenha problemas com prazos de entrega ou situações de manutenção e reparação. "Tudo numa única renda e custos controlados".
As baterias dos veículos da OHM têm uma garantia de cinco anos sem limite de quilómetros, o que faz baixar o valor do custo do contrato de manutenção, com vantagem para o cliente.
Em termos de vendas, Carlos João, da SJDA - Distribuição Automóvel, refere que já existem algumas propostas que "estamos a tentar finalizar porque há que resolver algumas questões de carroçamento, facilmente ultrapassáveis". Interesse do mercado existe porque esta solução elétrica vocacionada para a distribuição urbana e a última milha.