O novo Range Rover está já disponível em Portugal com o preço a começar nos 140 mil euros para a versão híbrida plug-in de chassis curto, com 440 cv, que foi bastante revista e anuncia agora 113 km de autonomia elétrica. Estão também disponíveis versões de chassis longo que podem alojar até sete ocupantes.
O pioneiro dos veículos de luxo capazes de enfrentar os terrenos mais adversos foi lançado em 1970 e conhece agora a quinta geração.
Preservando os traços originais e, principalmente, a pose imponente, o novo Range Rover cresceu de maneira significativa face ao modelo anterior, chegando agora aos 5,06 metros no caso da versão "normal" (mais 45 centímetros) e 5,26 metros para a proposta de chassis longo (mais 58 centímetros que anteriormente). Com esta a poder oferecer agora três filas de assentos, para alojar até sete ocupantes, "com o nível de conforto a que habituámos os nossos clientes", como salientam os responsáveis da marca.
Mesmo com todos os sete bancos colocados, a capacidade de bagagem ascende a 312 litros (1050 litros com cinco lugares).
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O aumento do comprimento e da largura, bem como a maior distância entre eixos (a proposta de chassis longo chega aos 3,2 metros), exprimem-se no perfil ainda mais alongado da carroçaria, cuja alteração mais evidente reside na traseira, em resultado do novo desenho da tampa da bagageira e, principalmente, dos grupos óticos.
Na frente, a grelha foi significativamente redesenhada, é mais larga, enquanto os faróis matrix LED são mais estreitos.
Maior, melhor
O acréscimo das dimensões foi sobretudo aproveitado para aumentar os padrões de conforto e espaço no interior, com o novo Range Rover a oferecer os níveis de acabamento já conhecidos - SE, HSE, SV e Autobiography - a que se junta agora a First Edition, com detalhes exclusivos.
Ainda assim, o nível de personalização é agora ampliado, podendo variar entre a incorporação de pele da mais alta qualidade a tecidos de nova geração, mais amigos do ambiente.
Comum, em qualquer dos casos, é o recurso às tecnologias mais avançadas de conectividade e conforto, de que é exemplo a montagem de altifalantes "noice canceling" nos encostos de cabeça, com o intuito, precisamente, de reduzir o ruído exterior resultante do rolamento e da aerodinâmica.
Direção integral
Para melhorar o conforto, mas também a dinâmica, os engenheiros da Land Rover deram grande atenção à plataforma e aos principais componentes, como é o caso da suspensão pneumática e do sistema que controla o chassis que recebe barras de torção ativas em cada um dos eixos. As quais, através de impulsos magnéticos, controlam automaticamente a sua dureza, contribuído para níveis otimizados de conforto e eficácia dinâmica em todas as condições.
A suspensão, bem como o sistema de controlo de chassis, funcionam de modo preditivo, ou seja, através das informações que recebem do sistema de navegação e das câmaras colocadas na dianteira, ajustando por antecipação a firmeza e nível de amortecimento.
Não menos importante para o mesmo propósito (conforto e eficácia dinâmica) é o sistema de articulação do eixo traseiro que imprime direccionalidade às rodas posteriores, com o ângulo das mesmas a poder virar até sete graus (o comum são quatro graus). Residindo aqui a explicação para o reduzido diâmetro de viragem (11 metros, o que é notável tendo em conta as dimensões) e, garante a Land Rover, para a grande agilidade traduzida na facilidade de inserção em curva.
Diesel ainda é opção
O novo Range Rover está disponível com o motor diesel de seis cilindros em linha com 3.0 litros que anuncia 350 CV e 700 Nm, capaz de atingir os 234 km/h, com o preço a começar nos 178 596 euros (mais quatro mil euros para a versão de chassis longo e um valor idêntico para quem precisar de sete lugares).
A mesma progressão de preços verifica-se na motorização V8 (gasolina) de 4,4 litros e 530 cv mas, neste caso, o ponto de partida são 196 mil euros (mais quatro mil euros para a proposta de chassis longo, com o modelo se sete lugares a chegar, então, aos 204 mil euros).
Objeto de revisão significativa, o V8 de 4,4 litros passa a contar com dois turbos de conduta dupla (twin-scroll), que eleva a potência e o binário máximo que atinge agora os 750 Nm.
Com 113 Km elétricos
A boa notícia da nova geração Range Rover, além da disponibilização de sete lugares, é a ampliação da eletrificação que em 2024 ficará completa com a chegada de uma versão 100% elétrica.
Se na geração que agora se despede, a proposta PHEV tinha por base o motor de 2.0 litros e uma "minúscula" bateria de 13,1 kWh de capacidade, que determinava que a autonomia elétrica fosse inferior a 30 km, no novo modelo, a aposta híbrida de carregamento externo é muito mais "robusta". Desde logo porque a base passa a ser o bloco de seis cilindros que, combinado com um motor elétrico de 105 kW, permite alcançar 440 cv de potência e 620 Nm de binário máximo. Com a marca a anunciar 225 km/h e um consumo combinado (WLTP) de 0,8 L/100 Km.
O preço começa nos anteriormente referidos 140 650 euros, com a versão de chassis longo a custar mais 12 mil euros.
Com base neste mesmo bloco passa a estar disponível uma versão igualmente PHEV, mas com 510 cv, por agora apenas disponível com chassis curto (157 mil euros).
De assinalar, a este respeito, que para as motorizações híbridas plug-in nunca está disponível a opção de sete lugares.
Além do bloco de combustão e do mesmo motor elétrico, as duas propostas partilham a bateria de iões de lítio que viu a capacidade aumentar de 13,1 kWh para 38,2 kWh (31,8 kWh úteis), um ganho muito significativo que possibilita que a Land Rover anuncie que a autonomia pode chegar aos 113 km em modo 100% elétrico, embora sublinhe que, em utilização normal, é possível percorrer cerca de 80 km.
Relevante é, também, o facto de o carregamento poder ser efetuado mediante recurso a carregadores rápidos (até 50 kW), o que permite repor 80% da capacidade máxima em apenas uma hora (cinco horas em casa, com uma wallbox de 7,2 kW de capacidade).
Em todos os casos, a tração é integral e é utilizada a mesma caixa automática com oito velocidades.