Novo CEO da Maserati não acredita numa recuperação fácil

A Maserati quer voltar a entrar nos eixos e a deixar o vermelho, mas o novo CEO da marca de automóveis de luxo da Stellantis, Santo Ficili, afirma que a tarefa não será fácil nem irá acontecer no curto prazo.

Se para a Lamborghini o ano de 2024 foi um dos melhores de sempre, o mesmo não se passou com a Maserati, cujas vendas andam pelas ruas da amargura. As entregas registaram uma quebra superior a 50% em 2024 e o mesmo sucedeu com as receitas. Para piorar as coisas, a produção do elétrico da Maserati está parada.

Nesta conjuntura, o novo CEO da marca, Santo Ficili, que foi contratado em outubro de 2024 após o despedimento do anterior responsável máximo Davide Grasso por Carlos Tavares, não terá uma tarefa fácil para voltar a colocar a marca nos eixos.

Em declarações aos britânicos da Autocar, Santo Ficili referiu que tem um plano ambicioso para que a marca de automóveis de luxo volte a ser rentável. Mas deixou um aviso à navegação: não vai ser fácil nem vai acontecer a curto prazo.

O plano de recuperação inclui a constituição de uma equipa forte para tornar a Maserati mais competitiva. A diminuição de preços não está afastada e a redução de custos também está cima da mesa.   

Recuperação nunca antes de 2026

O CEO da Maserati reconheceu que os investimentos em marketing não foram eficazes, adiantando que mesmo que está a ser equacionado um plano de relançamento do GranCabrio, que foi revelado em fevereiro de 2024.

Além disso, os concessionários da Maserati também estão muito insatisfeitos com a atuação da anterior liderança no negócio. Isto já parece ser uma tendência entre as marcas da Stellantis. Uma das prioridades de Santo Ficili é precisamente reatar as relações com a rede.

Se tudo correr de acordo com os planos, o ano de 2025 ainda será complicado. O CEO da Maserati não espera recuperar a rendibilidade antes de 2026, mas não deixa de estar otimisma.

“Estou muito confiante devido legado da marca. Se colocarmos mais brasas no lume de uma marca como esta, poderemos ter uma chama bastante diferente”.