Nova ferramenta analisa mercado de carros usados

O Observatório Indicata é a nova fonte de informação para os profissionais de "remarketing", lançado recentemente pelo Grupo Autorola

O Observatório Indicata é a nova fonte de informação para os profissionais de "remarketing", lançado recentemente pelo Grupo Autorola, com o intuito de fornecer uma vantagem competitiva na tomada de decisões sobre veículos usados, tendo em conta já os efeitos da pandemia do novo Coronavírus.

A nova ferramenta apresentada pela Grupo Autorola permite analisar, diariamente, nove milhões de anúncios de veículos usados em toda a Europa, utilizando os volumes de vendas e preços de 13 países, incluindo Portugal.

Assim, o objetivo do Observatório Indicata passa por fornecer análises contínuas dos dados e tendências, macro e micro, gerando informações cruciais para lidar com questões como a atual pandemia da Covid-19.

Depois, os resultados são divulgados de duas formas: um PDF com análises regulares do mercado disponíveis para todos no sítio Indicata; e uma ferramenta "online" com relatórios exclusivos disponível para os gestores sénior nas principais gestoras de frotas, "rent-a-car", fabricantes e grupos de retalho.

A análise foca-se no impacto nas vendas de veículos usados em 13 mercados europeus

Gerir o impacto do Covid-19

Para Andy Shields, diretor global do Indicata, este Observatório "reforça ainda mais o nosso comprometimento com o apoio à indústria para ajudar a gerir o impacto do Covid-19 no negócio dos usados".

O responsável acrescenta ainda que o portal "online" e o PDF "facultam aos decisores da indústria os melhores dados em tempo real para definirem uma estratégia, de curto e longo prazo, permitindo-lhes gerir com eficiência a oferta e a procura de carros usados ".

A mais recente análise, agora divulgada, foca-se no impacto nas vendas de veículos usados em 13 mercados europeus durante março e no impacto nos preços dos veículos usados durante os meses de março e início de abril.

No que diz respeito aos volumes de vendas de veículos usados por país europeu de 6 a 31 de março deste ano, os resultados mostram a forte diferença entre os mercados em confinamento total e aqueles com alguma negociação residual.

No comunicado pode-se ler: "Indexado à primeira semana de março, a resiliência da Suécia (80%) e da Turquia, Holanda e Dinamarca (mantendo um volume de dois terços) contrasta com os países com elevado grau de confinamento, onde as vendas caíram drasticamente".

E isso foi o que aconteceu em Portugal, um mercado anteriormente em crescimento, assim que promoveu medidas mais duras de contenção, viu o seu volume descer drasticamente.

Portugal assim que promoveu medidas mais duras de contenção, viu o seu volume descer drasticamente

Variação mínima de preços

O Observatório Indicata mostra ainda a variação dos preços de retalho de carros usados entre 1 de fevereiro e 3 de abril de 2020, destacando-se a falta de movimento geral de preços em alguns países e uma correlação com a introdução no distanciamento social.

Nos casos do Reino Unido, Espanha, Áustria, Itália e França, países que entraram em confinamento com as medidas mais difíceis ou rápidas, os comerciantes mal tiveram tempo para reagir antes do fecho, pelo que foram mínimas as alterações de preço feitas.

Por outro lado, Dinamarca, Bélgica, Holanda e Suécia progrediram mais lentamente no distanciamento social ou com medidas menos rigorosas, logo as suas quedas de volume foram mais lentas ou menos pronunciadas do que em outros países. Como resultado, os seus comerciantes tiveram mais tempo para reagir, reduzindo mais os preços do que os países referidos no parágrafo anterior.

É de referir que na Holanda, inicialmente, os veículos pequenos sustentaram melhor os valores do que os veículos maiores, tanto em termos de valor em euros quanto em termos percentuais; enquanto que a Turquia, com 7,5%, pode parecer mostrar um crescimento notável, mas ao se sobreporem as taxas de crescimento recentes do mercado, seria de esperar um crescimento de 10%.

Assim, dá-se uma maior procura de carros usados, não só como "ativo de refúgio", mas também alimentada pela falta de veículos novos e do financiamento ao consumidor (relativamente) barato, criando uma potencial bolha de preços.