Agora é quase certo que o ex-Presidente da Nissan vai assistir atrás das grades à passagem do Pai Natal... Depois dos tribunais nipónicos terem recusado o pedido para alargamento do período de detenção de Carlos Ghosn, o ex-Presidente da Nissan estava mais perto de ser libertado da cadeia, para aguardar em liberdade pelo julgamento à alegada fraude financeira relacionada com a ocultação dos vencimentos que a marca lhe pagou. Mas a acusação encontrou uma estratégia alternativa para prolongar o cárcere, e agora surgiu uma nova acusação que mantém Carlos Ghosn na prisão. O novo caso vem indiciar o antigo líder do grupo que liderou as vendas mundiais no último ano de canalizar para as contas da empresa avultados prejuízos em investimentos pessoais após a crise financeira de 2008. As suspeitas concentram-se em acontecimentos ocorridos em outubro de 2008, em que ele terá passado para a Nissan um total de 14,5 milhões de euros em perdas com investimentos, que posteriormente obrigaram a marca a efetuar quatro depósitos, entre junho de 2009 e março de 2012, numa determinada conta bancária. A informação foi difundida pelo canal de TV japonês NHK, que afirma que, tal como no caso de fraude financeira, também Greg Kelly e a Nissan estão indiciados pelas mesmas práticas. Carlos Ghosn já veio refutar as acusações, e numa declaração lida pelo seu advogado afirma que "a forma como as coisas estão a acontecer é inaceitável. Quero que a minha posição seja escutada e restaurar a minha honra nos tribunais". A verdade é que, com estas novas acusações, volta a ser decretado um novo período de detenção que pode ir, inicialmente, até dez dias. Mas que poderá ser alargado posteriormente sob pedido ao tribunal, tal como aconteceu com o caso da fraude financeira que despoletou a queda de Carlos Ghosn. Fonte: Autocar e Automotive News Europe