A venda não será proibida, mas a ideia passa pela introdução de tarifas fiscais que incentivem os automobilistas a optar por veículos de baixas emissões ou sem impacto ambiental. Reconhecida como uma das nações que lidera a introdução de veículos elétricos, a Noruega está a delinear um ambicioso plano para que os modelos com motores de combustão praticamente sejam eliminados do mercado automóvel deste país. Embora não esteja prevista a proibição de venda destas viaturas, o executivo local pretende introduzir um princípio designado por "poluidor-pagador", em que os automóveis serão taxados de forma mais efetiva pela quantidade de CO2 e NOx enviados para a atmosfera. A ideia passa por, "com as medidas políticas mais acertadas", atingir uma taxa de penetração de praticamente 100% para os automóveis de emissões 0 (elétricos e FCV a hidrogénio) ou de reduzido impacto ambiental (híbridos). Além do desencorajamento à aquisição de automóveis com motores de combustão através das taxas fiscais, outra forma de atrair mais automobilistas para as designadas motorizações alternativas estará nas infraestruturas. Por isso, até 2020 o governo da Noruega pretende que esteja disponível um posto de carregamento por cada 10 veículos elétricos a circular nas estradas. Este país nórdico foi já pioneiro em outras medidas de incentivo à aquisição de viaturas não-poluentes, concedendo isenção do pagamento de portagens e viagens de ferry boat e também autorizando estes automóveis a circular na faixa Bus. Com o mercado de veículos elétricos a representar já 22% de todo o mercado norueguês em final de 2015, o objetivo passa por aumentar esta quota até aos 30% antes do final da década, continuando a crescer progressivamente até perto dos 100% de todos os veículos comercializados em solo norueguês em 2025.