Agendada já para este ano, a nova geração do rei dos crossovers compactos, o Nissan Qashqai, promete chegar ao mercado repleta de novidades. Não somente no design, mas também na plataforma, tecnologia e até nas motorizações, que trocam o Diesel pela propulsão híbrida.
Numa altura em que o segmento C-SUV conhece uma oferta incomparavelmente maior, face àquilo que era a realidade, aquando da chegada do modelo, o Nissan Qashqai anuncia nova geração, com promessas de reforço das pretensões a um trono, que desde cedo conquistou.
Para tal, o futuro Qashqai promete chegar repleto de novidades e praticamente sem deixar peça sobre peça, relativamente ao modelo ainda em comercialização. A começar, numa nova plataforma desenvolvida pela Aliança Renault-Nissan-Mitsubishi, denominada CMF-C, assim como numa gama de motores totalmente nova, que tornarão o Nissan Qashqai um modelo exclusivamente híbrido.
Motores: só híbridos
Primeira notícia-choque: não haverá mais Diesel. Apesar das excelentes prestações comerciais que as versões Diesel sempre conheceram na atual geração, a Nissan tomou já a decisão de que, o futuro Qasqhai, terá, apenas e só motorizações híbridas, e que vão desde o já conhecido quatro cilindros Mild Hybrid, até ao totalmente novo - na Europa, bem entendido... - sistema de propulsão híbrido ePower.
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Quanto ao primeiro, bastante mais convencional, tem por base uma versão melhorada do bloco 1.3 litros Turbo (DIG-T) já disponível em vários modelos, não só da Nissan, como também da Renault e até da Mercedes, conjugado com um sistema híbrido de 12V (é mais barato que o de 48V), do qual faz parte uma pequena bateria de iões de lítio, a ajudar nas recuperações e a melhorar a intervenção do Stopt&Start.
Embora adicionando 22 kg ao peso do sistema de propulsão, a marca garante que este sistema também assegura uma melhoria em termos de economia de combustível, além de uma redução nas emissões de CO2 de 4g/kg. Números que, diga-se, ainda têm de ser homologados.
Anunciando potências que podem variar entre os 140 e os 160 cv, este bloco tanto pode surgir acoplado à tradicional com caixa manual de seis velocidades, como com a nova caixa Xtronic CVT. Esta última, exclusiva da motorização de 160 cv, e que que a marca garante ser mais eficaz e poupada, mesmo quando conjugada com sistema de tracção integral de cinco modos: Standard, ECO, Sport, Snow e Off-Road.
Aliás, esta é uma solução que está disponível apenas com o bloco mais potente, não podendo ser integrada, com o propulsor de 140 cv.
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Um e-Power desenvolvido para a Europa
Já sobre o sistema de propulsão híbrida e-Power, o qual, não sendo um híbrido plug-in, difere dos híbridos convencionais pelo facto do motor de combustão não estar directamente ligado às rodas, mas servir, apenas e só, para carregar as baterias (as quais, por sua vez, fazem funcionar o motor elétrico, que faz as rodas girar), tem ganho grande popularidade no Japão. Ainda que e segundo afirma a Nissan, a versão que vem para a Europa seja uma evolução "altamente melhorada, mercê da introdução de um motor elétrico 47% mais potente, além de um motor de combustão também ele com mais potência.
Quanto a este último, trata-se de um novo bloco 1,5 litros a gasolina, com taxa de compressão variável, a anunciar uma potência final de 190 cv e um binário máximo de 330 Nm. Com o sistema a não deixar de anunciar, igualmente, a capacidade de poder circular sem que o motor de combustão entre em funcionamento, ainda que por período muito curtos.
A acompanhar o e-Power, o já conhecido e-Pedal, a permitir a condução utilizando apenas um único pedal para acelerar e desacelerar, solução que acaba contribuindo, igualmente, para recuperar alguma energia, através do sistema de travagem renegerativa.
«Ao adotar a transmissão de motor 100% elétrico com e-POWER no novo Qashqai, os clientes podem disfrutar dos benefícios da condução de um automóvel elétrico sem se preocuparem com a autonomia ou o acesso a uma estrutura de carregamento», afirma o vice-presidente para o Planeamento de Produto na Nissan Automotive Europe, Marco Fioravanti.