Festival Nismo. A verdadeira cultura automóvel

Nós, como os milhares de adeptos de que encheram as estradas de acesso ao circuito desde a alvorada, o evento começava às oito da manhã, não temos nada contra modelos SUV ou crossover. Apenas não resistimos aos encantos dos modelos tratados pelo preparador oficial da Nissan.

Entre os diversos modelos expostos, tanto a nível oficial como privado, há um que se destaca: o Skyline GT-R. Eram às centenas. Um verdadeiro deleite para os olhos e ouvidos de quem, como a maioria dos portugueses, conhece o Skyline GT-R dos jogos de consola.

A falta de volantes à esquerda manteve o mítico desportivo japonês afastado do mercado europeu continental. As recentes políticas de restrições às emissões fizeram o mesmo ao GT-R e ao Z. A jogar em casa, a Nismo não tem problemas e é um dos preparadores mais procurados.

Como pudemos constatar no Fuji Speedway, o fenómeno Nismo vai muito para além do preparador oficial. Há dezenas de empresas especializadas em fornecer componentes específicos para modelos Nissan Skyline e GT-R. Os mais populares entre os entusiastas.

Há de tudo um pouco. Piscas, retrovisores, moldes de para-choques, asas traseiras, spoilers… E há para todos os gostos. Para substituir componentes originais ou para individualizar o automóvel. A extravagância do proprietário é o limite.

Apesar de ter lugar num circuito, o Festival Nismo não envolve corridas. A pista é usada para voltas de demonstração. É uma passarela de alcatrão pela qual desfilam modelos históricos da Nissan, como o R390 GT1 de Le Mans, ao lado de concorrentes modernos como o GT-R do Campeonato Super GT GT300.

Aos automóveis juntam-se os pilotos, novos e históricos, com uma simpatia e disponibilidade pouco habituais na Europa. Um verdadeiro festival que, para além de celebrar o 40º aniversário da Nismo, é a festa da cultura automóvel.