Dois mil e vinte arranca com a estreia de novas gerações dos principais atores dos crossovers do segmento B. Com a gasolina como combustível de eleição e preços a rondar os 20 mil euros, este início de ano promete ser bem animado
O ano ainda agora começou e já o segmento B dos crossovers se encontra em plena ebulição. Uma agitação "atiçada" pela renovação das gamas Nissan Juke, Peugeot 2008 e Renault Captur. Pioneiro no segmento, o Nissan Juke viu, ao longo da última década, o número de potenciais concorrentes disparar de dois para mais de 20.
Entre estes encontram-se o Peugeot 2008 e o Renault Captur. Desenvolvidos sobre a mesma arquitetura CMF-B, Nissan Juke e Renault Captur apresentam abordagens distintas do mesmo tema. Numa tendência transversal aos modelos em análise, cresceram em todas as dimensões, com naturais benefícios para a habitabilidade.
Funcionalidade francesa
Mais comprido, o Peugeot 2008 aproveita o espaço para desenhar portas amplas e receber melhor os ocupantes, especialmente nos lugares posteriores. Aqui não há surpresas. Todos contam com um túnel central intrometido para roubar o pouco espaço disponível para o ocupante do lugar do meio. Partindo de arquiteturas do segmento B, ainda que com mais espaço para as pernas, este continua a não ir além do razoável.
Acompanhando o crescimento da habitabilidade, as bagageiras reforçaram as respetivas capacidades. Os volumes, tal como os planos de carga acessíveis, os pisos com duas alturas ou o rebatimento assimétrico das costas do banco traseiro, equivalem-se. A diferença é feita pela calha de 16 cm que permite à fila posterior do Renault ampliar os 422 litros da bagageira até um máximo de 536 l.
Para todos os gostos
Explorando todas as potencialidades da plataforma que partilha com o modelo japonês, o Renault Captur oferece o leque mais abrangente de motorizações. Do motor 1.33 a gasolina com quatro cilindros e 130 cv ensaiado, ao diesel, passando pelo GPL e pelo recém apresentado híbrido PHEV, há um Captur para todos os gostos. Só falta o elétrico.
O Peugeot 2008 é a escolha acertada para quem procura uma alternativa aos motores térmicos. Desenvolvido sobre a plataforma multienergia do 208, o crossover compacto da marca do leão tanto pode ser adquirido com motor elétrico, como de combustão. Como o diesel deixou de ser representativo, escolhemos o bloco 1.2 de três cilindros a gasolina, com 130 cv.
Este comparativo foi pulicado na íntegra na Turbo 461