Condução autónoma esteve em destaque no Fórum da Mobilidade Inteligente Nissan

A sétima edição do Fórum da Mobilidade Inteligente da Nissan teve como tema de destaque a condução autónoma e a adoção...

A sétima edição do Fórum da Mobilidade Inteligente da Nissan teve como tema de destaque a condução autónoma e a adoção de soluções sustentáveis de mobilidade. O evento contou com 11 especialistas, nacionais e estrangeiros.

A condução autónoma esteve em destaque na sétima edição do Fórum da Mobilidade Inteligente da Nissan, que se realizou em Lisboa. Numa intervenção subordinada ao tema "Automóveis Definidos por Software e de Computação de Bordo", Maarten Sierhuis, vice-presidente e diretor global do Alliance Innovation Lab de Silicon Valley traçou a evolução do sistema elétrico e/ou arquitetura eletrónica desde de uma fase inicial em que cada componente era controlado por uma unidade de controlo eletrónico (ECU) até à era atual em que existem cerca cem ECU por veículo que funcionam de forma integrada e centralizada.

A combinação da nova arquitetura eletrónica com a conectividade permanente dos veículos veio abrir possibilidades para o desenvolvimento da comunicação entre viaturas - Connect V2X, e com a rede, Vehicle2Grid. O desenvolvimento destas tecnologias vierm permitir à Nissan trabalhar em sistemas de condução de Nível 2 e Nível 4, estando já a decorrer testes nos Estados Unidos, em Inglaterra e no Japão.

Um projeto-piloto, denominado ServCity, está a ser conduzido em Londres pelo Centro Técnico Europeu da Nissan e já veio demonstrar que nas ruas da capital britânica, os automóveis autónomos não só podem conduzir como um ser humano, mas que também podem ver além das esquinas, conforme referiu Thomas Tompkin, diretor de Redes, Infraestruturas e Operações do Smart Mobility Living Lab, parceiro do ServCity. 

Investimento em combustão acabou na Europa

Por sua vez, Paul Johnson, diretor de Planeamento Avançado de Produto da Nissan AMIEO destacou o investimento de 15,6 mil milhões de euros realizado pela Nissan para se tornar elétrica na Europa até 2030. O responsável adiantou que a marca deixou de fazer investimentos em motores de combustão interna e a sua oferta será totalmente eletrificada em 2023.

Os estudos da Nissan indicam que 98% das vendas na Europa em 2026 será de veículos eletrificados, um valor superior aos 75% das estimativas anteriores. Em 2030, todos os veículos comercializados no Velho Continente serão eletrificados.

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Um ângulo totalmente diferente sobre a mobilidade elétrica foi transmitido por James W. Mills, consultor principal da Benchmark Minerals Intelligence, que alertou para a dependência da Europa face à China das matérias-primas necessárias, designadamente lítio, cobalto, níquel, para a produção de baterias para veículos elétricos. 

"A indústria europeia continua exposta a mercados externos, recorrendo à China para satisfazer o défice, país que detém a maior parte da exploração mundial de matérias-primas, assim como a sua transformação", afirmou James W. Mills.

Os trabalhos foram encerrados por José Botas, diretor-geral da Nissan Portugal, que sublinhou que esta edição procurou "transmitir uma visão do futuro da mobilidade e dos projetos que estão a ser estudados, os quais irão ser uma realidade".