Líder incontestada do segmento SUV em Portugal, a Nissan celebrou o 13.º ano consecutivo de domínio entre os demais, com a realização de mais uma edição do Nissan Crossover Domination. Mais uma vez, ao volante dos três principais crossovers da marca, embora, desta feita, tendo como destino o ponto mais oriental da Península Ibérica… mas também a companhia da Glória.
Mas, vamos por partes. Porque, antes de outra coisa qualquer, a Nissan continua a ter razões de sobra para festejar!
Numa altura em que está a fechar as contas relativas a 2019 (os construtores automóveis japoneses terminam o ano fiscal a 31 de Março), a marca nipónica sabe já que continua, pelo 13.º ano consecutivo, como rainha do segmento SUV em Portugal. E com um número global digno de registo: 70.672 unidades matriculadas, em 13 anos de comercialização. Basicamente, quase o dobro do segundo classificado, a Peugeot , com 40.974 unidades, assim como do terceiro, a Renault, com 39.926 viaturas.
Como principal responsável por este resultado, surge aquele que é também o rei do segmento: o Qashqai. Modelo que, só em 2019 e apesar dos seis anos que já leva no mercado, conseguiu ainda reunir 16% das preferências, com um total de 4.341 unidades comercializadas. Relegando para o segundo lugar, o novo Peugeot 3008, com 14% das escolhas, e, para o terceiro, o Toyota C-HR, com 8% do mercado.
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Crossovers e SUV continuam a somar nas vendas
Ainda em termos de mercado nacional, destaque para o facto de 2019 ter dado continuidade ao crescimento das vendas de SUV e crossovers, com um total de 66.300 unidades transacionadas. Número que, não só representa um crescimento de 3% face a 2018, como o materializar de uma procura em que, uma em cada quatro viaturas vendidas, é um SUV ou crossover.
De resto e num mercado em que os segmentos B e C continuam a ser os de maior peso, com um total de 109.028 unidades transacionadas em 2019, referência para o facto dos SUV e crossovers terem conquistado metade das vendas (59.848), com a gasolina a crescer também nas preferências: 41,6%, contra os 48,7% de um Diesel que continua a cair. Isto, ao mesmo tempo que a venda de viaturas com uma componente elétrica, representam já 9,8%.
Os receios do C.A.F.E
Aliás, para a subida, não só da gasolina, como também dos eletrificados, muito terá contribuído, igualmente, o receio, da parte dos construtores, relativamente à entrada em vigor, já em 2020, do novo regulamento de emissões Corporate Average Fuel Economy, ou C.A.F.E..
E que, ameaçando com multas que podem ir até aos 2.000€ por viatura fabricada, obriga não só a uma redução imediata, na média de emissões de CO2 por construtor, para as 95 gr/km, isto segundo a norma NEDC, como também fixa que, em 2024, estas mesmas emissões não possam ultrapassar 95,2 gramas de CO2… já segundo o WLTP. Esta última, uma norma que, recorde-se, é bem mais rígida na forma como são apuradas as emissões…
Tempestade anunciada… também no Crossover Domination
Mas se o futuro, para os construtores automóveis, promete vir a tornar-se difícil e tempestuoso, é caso para dizer que, a sexta edição do Nissan Crossover Domination, não o foi menos. Embora e neste caso, devido à companhia da Glória.
Não, não estamos a falar de uma qualquer companheira de viagem, mas da tempestade. A mesma que, na última semana, fustigou a Península Ibérica, causando, inclusivamente e até ao momento, 13 vítimas mortais em Espanha. E que nós fomos encontrar, já em jeito de despedida, na Catalunha…
Num evento em que o factor novidade estava entregue, quase por completo, à nova geração Juke, prestes a chegar a Portugal, a saída da zona de Peralada, província de Girona, rumo à ponta mais oriental da Península Ibérica, o promontório de Cabo de Creus, aconteceu, no nosso caso, ao volante do eterno Qashqai, com motorização 1.3 DIG-T a gasolina de 160 cv e caixa automática. Mas também sob uma chuva e vento agrestes…
Qashqai : o equilíbrio de sempre…
Prestes a cumprir seis anos de vida e já perto da renovação, a verdade é que o Nissan Qashqai continua a demonstrar as razões de ser o rei do segmento, fruto de um equilíbrio enquanto proposta, que facilmente se manifesta, também na condução e desempenho dinâmico.
Mesmo com a chuva a cair forte lá fora e os ventos cruzados a fazerem abanar as árvores, a agradabilidade de uma condução invariavelmente descontraída e sem reações adversas, num trajeto de pouco mais de 60 km, sempre por alcatrão. Em que, além da sonoridade quase impercetível do bloco 1.3 DIG-T de 160cv, deu gosto sentir a desenvoltura e resposta pronta do bloco, ao acelerador.
Entretanto e numa altura em que já se aguarda o anúncio do sucessor, que algumas fontes dentro da própria Nissan assumem ser a versão de produção do protótipo IMq e-Power, tempo ainda para o lançamento de mais uma nova edição limitada, N-TEC Edition. Centrada não somente num visual mais impactante, como também numa componente tecnológica ainda mais rica – como exemplo, basta citar a presença do sistema de assistência à condução Nissan ProPilot ou até mesmo do assistente de estacionamento inteligente.
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Esta mesma edição limitada vai estar, de resto, também disponível e igualmente a partir do final de janeiro, no X-Trail, modelo que é uma espécie de derivação com mais espaço do rei dos SUV. E que, tendo sido a escolha para a segunda parte do trajecto, entre Masarac e Cadaqués, voltou a confirmar a postura mais familiar e menos precisa, fruto também das dimensões mais generosas, na forma como se faz à estrada.
Novo Juke: seja muito bem-vindo!...
Finalmente e para a última parte do percurso, entre Cadaqués e Figueres, também aqui sempre por alcatrão, a oportunidade de mudar de viatura e seguir – finalmente! – com o elemento mais recente da família SUV da Nissan - a segunda geração do Nissan Juke. E que, após nove de comercialização da primeira geração e mais de 14 mil unidades vendidas, surge agora diferente… para melhor!
Repensado no conceito – assume-se agora como um crossover coupé – e renovado naqueles que eram os seus aspetos mais criticados – espaço, bagageira e qualidade dos revestimentos -, o novo Juke não só evolui a linguagem de design, como ficou maior, mais leve e com melhor aerodinâmica. Sendo que, depois, no interior do habitáculo, percebe-se a subida na qualidade de (alguns) revestimento, o aumento das quotas de habitabilidade e, principalmente, uma significativa evolução na posição de condução…
Mais espaço, mais tecnologia… um só motor
Resultado da adoção de uma nova plataforma, a mesma do Renault Captur, uma capacidade de bagageira aumentada para os 422 litros, claramente acima da média do segmento, mas principalmente um desempenho dinâmico ainda mais envolvente e motivador. Ajudado também pela presença do conhecido sistema ProPilot, sinónimo de Assistente de Condução, Controlo de Velocidade e Distância, e Piloto Automático no Trânsito.
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Aliás, também no domínio da tecnologia, a evolução do serviços Nissan Connect em aspectos como a conectividade, navegação, segurança e conforto, além da disponibilização de uma nova app integrada. Através da qual o proprietário pode consultar não só estado do veículo, mas também os dados de condução, operar alguns serviços remotamente e receber alertas de manutenção.
Como motor, o já conhecido três cilindros 1,3 litros DIG-T, na variante de 117cv, acoplado a caixa manual de seis velocidades. E que, nas estradas secundárias catalãs, revelou não apenas um carácter agradavelmente espevitado, em particular com o modo Sport accionado (a Nissan diz, inclusivamente, que o Juke está 15% mais rápido, além de 30% menos poluente…), mas principalmente uma condução ainda mais envolvente que anteriormente.
Mas, também por isso, a pedir mais momentos de condução…
Disponível a partir de 19.900€
Em Portugal, uma gama Juke construída em Y, com o tronco centrado em três níveis de equipamento: Visia, Acenta, N-Connecta. Este último, a aspirar ao grosso das vendas, ainda que, tendo acima de si, dois outros níveis, de posicionamento distinto entre si: Tekna, mais centrado na tecnologia, e N-Design, focado na personalização.
Quanto a preços, arrancam nos 19.900€, para o Visia, com o Acenta a custar mais 1.150€, ou seja, 21.050€. Já o N-Connecta, estará disponível por 22.600€, ou seja, um acréscimo de 1.150€.
A partir daqui e falando das versões mais equipadas, N-Design e Tekna, o mesmo preço de 24.400€.