Mais um. NIO vai criar nova marca de elétricos acessíveis para a Europa

Apontando a patamares mais altos, a chinesa NIO vai entrar na guerra dos elétricos acessíveis, com uma nova marca - Firefly

Apontando a patamares mais altos, a chinesa NIO não quer, ainda assim, deixar de lutar pelos segmentos de maior volume, na Europa. Algo que decidiu já fazer, mas e ao contrário dos restantes rivais nesta corrida aos elétricos acessíveis, com a criação de uma nova marca, de nome Firefly.

A revelação foi feita, em declarações reproduzidas pela Automotive News Europe, pelo presidente da NIO, Lihong Qin, acrescentando que, ao contrário daquela que é a marca-mãe, que em outubro último iniciou atividade em mercados como a Alemanha, os Países Baixos, Suécia e Dinamarca, a Firefly apostará em modelos compactos e pequenos, também como forma de ser mais acessível aos consumidores.

Ainda assim, Qin não quis avançar quaisquer detalhes sobre qual o patamar de preço em que operará a Firefly.

Com a NIO num patamar mais alto, a marca chinesa de automóveis elétricos anuncia agora uma nova marca de elétricos mais acessíveis, também para a Europa
Com a NIO num patamar mais alto, a marca chinesa de automóveis elétricos anuncia agora uma nova marca de elétricos mais acessíveis, de novo Firefly, também para a Europa

Recorde-se que, ao contrário da nova marca, mais acessível, a NIO assume como objectivo lutar com os fabricantes premium europeus, como é o caso da BMW ou da Mercedes-Benz. Razão pela qual os seus produtos surgem, no Velho Continente, com uma arquitectura de preços que começa nos 50 000 Euros, sensivelmente, indo até aos 91 000 euros.

Estes valores dependem sempre, no entanto, do veículo escolhido, da sua autonomia, assim como da escolha feita pelo cliente relativamente à bateria - aquisição ou aluguer.

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O anúncio agora feito pelo presidente da NIO é, de resto, a concretização de uma intenção inicialmente avançada em 2021, quando o fabricante chinês admitiu a possibilidade de criar uma marca mais acessível, que funcionasse, relativamente à NIO, como acontece entre a Volkswagen e a Audi, ou entre a Toyota e a Lexus.

Também desta forma, o fabricante chinês poderá contrariar o crescente recuo nos lucros, em particular, desde que entrou na guerra de descida de preços despontada pela americana Tesla. E que já levou, inclusivamente, a NIO a dispensar 10% da sua força de trabalho, ao mesmo tempo que colocou em cima da mesa o fim do seu negócio de fabrico de baterias, em detrimento de um conjunto de parcerias que possam garantir estes e outros componentes, sem a dimensão em termos de custos.

Co-fundador da NIO, o agora Presidente LihongQi apostas nas parcerias com outras empresas chinesas para combater as quedas nos lucros devido à guerra de preços com a Tesla
Co-fundador da NIO, o agora Presidente LihongQi apostas nas parcerias com outras empresas chinesas para combater as quedas nos lucros devido à guerra de preços com a Tesla

Ainda na sequência da parcerias entretanto já firmadas, por exemplo, com a congénere Geely e até com o fabricante estatal chinês Changan Automobile, a NIO espera desenvolver novas soluções de baterias e uma nova arquitectura, que possam ser usadas também noutras parcerias.

De resto, Qin também revelou que já foi assinada uma terceira parceria, embora e para já, não pretenda avançar muitos mais detalhes, afirmou.