A evolução continua em 1967 com o lançamento do 911 R, um projeto demasiado caro dada a construção em alumínio da carroçaria e a utilização de um bloco de motor em magnésio, com 210 cv. Apenas foram produzidas 20 unidades a pensar na competição, que simbolizam o apuro da engenharia Porsche. Algo que se torna ainda mais evidente no ano seguinte, em 1968, quando a Porsche dá aquele que é um dos passos mais importantes: a reformulação da base mecânica, com a distância entre eixos a aumentar seis centímetros.
É o passo essencial para que o 911 possa receber motores mais “ambiciosos”, como são os casos dos blocos de 2,2 litros e 2,4 litros, no final dos anos 70. “Potência” e “performance” são duas palavras já enraizadas no léxico dos proprietários da Porsche que, então como agora, nunca estão satisfeitos, como que corroborando o espírito de Ferdinand Porsche. O ano de 1973 é, por isso, verdadeiramente histórico, principalmente para os conhecedores, com o lançamento do 911 RS 2.7 que viria a servir de base a toda a “dinastia” RS, que teve logo como momento alto um segundo lugar nas 24 Horas de Le Mans de 1974, com a versão RSR Turbo.
Le Mans, Porsche e competição passaram a ser palavras sinónimas embora, como é sabido, a Porsche tenha conhecido a glória na mítica prova francesa com diversos outros modelos. Algo que está muito bem ilustrado no museu da marca, cuja visita verdadeiramente recomendamos.