Chega a altura de mudar o óleo do carro e um sem número de questões levantam-se, sendo que, a primeira, é mesmo, que tipo de lubrificante comprar. Vamos, então, dar-lhe algumas dicas, que o ajudarão na escolha e utilização!
Para um motor funcionar corretamente, deve ser constantemente abastecido com óleo, já que as partículas finas contidas no combustível, podem deteriorar o motor. Num motor bem lubrificado, estas acabam por se misturar com o óleo, ficando, em seguida e de forma mais fácil, presas no filtro de óleo.
Daí que seja muito importante substituir o óleo do motor, assim como o filtro, de forma regular, para conservar o bom funcionamento do motor. Embora e quando chega a altura de o fazer, as coisas possam complicar-se, se não for escolhido o lubrificante certo para o motor.
Com certeza que já se deparou com uma enormidade de óleos lubrificantes disponíveis no mercado, de várias marcas e, sobretudo, com muitas letras e números. Vamos tentar ajudar a escolher então o mais adequado para o seu motor.
Em princípio, a regra de ouro é escolher aquele que é recomendado pelo fabricante do seu carro, porque, apesar das questões de marketing relacionadas com uma ou outra marca, a verdade é que, é ele quem conhece melhor o seu veículo.
Substituir óleo aos 10 ou 15 mil km
Hoje em dia, os óleos de motor dividem-se em três categorias: minerais, sintéticos e semissintéticos. No entanto, o óleo que é mais aceite é o sintético, porque permite que seja utilizado em qualquer tipo de combustão, seja gasolina ou gasóleo.
Qualquer que seja o tipo de óleo, ele deverá ser substituído, por completo, dentro dos períodos recomendados, quer utilize muito o seu veículo, quer esteja parado na garagem.
Regra geral, isso deverá ser feito aos 10 mil ou aos 15 mil km. Caso não atinja esta quilometragem, terá de o fazer a cada dois ou três anos, pois trata-se de um produto com data de validade.
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Mas, então, que lubrificante comprar? Já com a hipótese de um óleo mineral posta de parte, em detrimento de um sintético, é chegado o momento de interpretar os números e as letras que vêm em cada embalagem!
Por exemplo, um lubrificante que tenha a nomenclatura 10W 40, o 10 é a fluidez e o W significa Inverno (winter). Quer dizer que a fluidez no inverno é normal-baixa (de acordo com os padrões SAE), quando se trata de arrancar com o veículo frio (quanto menor esse índice, mais fácil), ao passo que o 40 representa o nível de viscosidade indicado do óleo, quando o motor atinge a temperatura ideal a quente.
Gasolina ou Diesel: o código API
De acordo com o API (American Petroleum Institute), todos os óleos de motor dividem-se em duas categorias, cada uma contendo várias classes: S para motores a gasolina; C para motores a gasóleo.
Na maior parte dos países, existem quatro classes aprovadas para cada tipo de motor. Na gasolina é o caso do SJ (para motores fabricados antes de 2001), SL (adequado para unidades de potência produzidas antes de 2004), SM (motores produzidos em 2010 e anteriores) e SN (motores a partir de 2010).
No que respeita ao Diesel, os óleos de grau C são mais complexos. O CH-4, introduzido em 1998, é adequado para motores que funcionam com combustível de alta qualidade com conteúdo de enxofre até 0,5% de peso; o CI-4, introduzido em 2002, garante uma proteção confiável do motor e do sistema de escape dos depósitos de fuligem e evita o desgaste prematuro dos seus elementos.
Já o CJ-4 possui uma estabilidade à temperatura elevada, resistência à oxidação e vida útil mais longa, enquanto o CK foi desenvolvido para proteção de motores produzidos em 2017, podendo ser usados opcionalmente em modelos de motores anteriores.