Motores a gasolina obrigados a ter filtros de partículas

Foi hoje confirmada pela União Europeia a introdução de normas mais rígidas para avaliar as emissões dos motores a gasolina, e que vai obrigar à incorporação de um novo componente que já é utilizado em praticamente todos os automóveis a gasóleo.   Os países da União Europeia anunciaram hoje a introdução de novas formas de avaliação para as emissões dos automóveis a gasolina, que passam a ser alvo de testes em estradas públicas além dos que são já realizados no ambiente controlado de laboratório. Esta é uma das soluções encontradas após a veracidade destas avaliações em espaço fechado ter sido colocada em causa, devido aos softwares utilizados nos diesel pela VW e que alteravam o comportamento dos propulsores para omitir as verdadeiras emissões durante estas provas. O novo formato vai começar a ser introduzido em todos os novos modelos que cheguem ao mercado a partir de setembro de 2017, sendo alargados a todos os veículos a gasolina um ano mais tarde. Esta foi uma derrota para os fabricantes, que esperavam que a introdução fosse adiada para 2019, e a ACEA (Associação de Fabricantes de Automóveis na Europa) já veio dizer que o tempo concedido para proceder a esta alteração é demasiado curto.   Esta nova fórmula irá obrigar os fabricantes a introduzir nos seus modelos a gasolina os conhecidos filtros de partículas, que já são uma realidade para praticamente todas as viaturas movidas a gasóleo. Disso mesmo deu conta a Comissária responsável por esta área, Elzbieta Bienkowska, que explicou que "os fabricantes devem começar já a desenhar os seus automóveis para emissões de partículas mais baixas, e introduzir os filtros necessários nos carros a gasolina que são já amplamente utilizados nos diesel". A origem desta alteração está, além da possibilidade de voltarem a surgir softwares de alteração de emissões, o facto dos novos motores a gasolina com injeção direta emitirem, segundo estudos, dez vezes mais partículas nocivas do que os propulsores das anteriores gerações.   Fonte: Automotive News Europe