Monovolume produzido na portuguesíssima Autoeuropa e que acabou sendo comercializado com o emblema de várias marcas, da Volkswagen à Seat e à Ford, o Sharan/Alhambra/Galaxy terá, afinal, tido mais um "irmão". Neste caso, materializado numa só unidade, elaborada com elementos Audi e Porsche, e que, inclusivamente, está agora à venda; e por uma verdadeira pechincha!
Hoje em dia esquecidos e até ignorados, a verdade é que os monovolumes já viveram dias de fama, reconhecidos não apenas pelas suas qualidades familiares, como também e nalguns casos, pelas linhas e imagem de marca que transmitiam.
Nesses tempos áureos, o monovolume de sete lugares produzido na então ainda jovem fábrica portuguesa da Autoeuropa, uma joint-venture celebrada entre o alemão Volkswagen Group e a americana Ford Motor Company, foi, sem dúvida, uma das propostas de destaque no panorama internacional. Resultado de um conjunto de fortes argumentos que levaram, inclusivamente, a que fosse comercializado com vários emblemas - da Volkswagen, que decidiu dar-lhe o nome de Sharan; da Ford, marca na qual ganhou a designação de Galaxy; e até mesmo da SEAT, a qual decidiu comercializá-lo com o mui espanhol nome de Alhambra.
Contudo e de entre todas estas variações, a única de que, assumimo-lo, nunca tínhamos ouvido falar, era a de que o monovolume "português" tivesse chegado a qualquer mercado, não somente com os quatro anéis da Audi aplicados na carroçaria, como também e ainda por cima, utilizando componentes Porsche!
No entanto e conforme o leitor facilmente poderá constatar, nomeadamente, ao visualizar as fotos divulgadas pelo site Carscoop e que nós aqui humildemente reproduzimos, houve, efectivamente, alguém, que não se poupou a esforços para fazer um Sharan/Galaxy/Alhambra verdadeiramente único; e que, pasme-se, até está agora à venda!
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Sobre esta proposta ímpar, dada a conhecer pelo seu atual dono através da rede social Facebook, com o intuito declarado de encontrar-lhe nova casa, valerá a pena dizer que tem por base um bem mais vulgar SEAT Alhambra, que, embora nada seja afirmado nesse domínio, parece pertencer àquela que foi a primeira geração do modelo - produzido, portanto, entre 1996 e 2000...
A partir daí, é caso para dizer que o proprietário deu largas à imaginação e, sem medos ou tibiezas, começou por revolucionar a frente do modelo, dotando-o de um "rosto" 100% Audi. Neste caso, graças à adopção de uma grelha frontal desportiva igual às dos modelos de Ingolstadt, acrescida de novas ópticas, novos faróis de nevoeiro e novas entradas de ar - tudo de origem Audi.
A transformação continuou com a adopção daquela que é uma das cores emblemáticas nos desportivos do fabricante dos quatro anéis, conjugada com as habituais (na Audi, bem entendido...) capas de retrovisores metalizadas, para terminar numa traseira onde é fácil reconhecermos os farolins, o difusor traseiro metalizado, e as ponteiras de escape redondas, como elementos importados do mesmo construtor automóvel.
A contribuição da Porsche? Embora não visível, é o próprio proprietário que garante ter instalado, ainda, um sistema de travagem com origem na Casa de Zuffenhausen, ainda que sem precisar a qual modelo foi buscar este componente.
Desta forma e e depois de todas as transformações operadas, do Alhambra original, só terá ficado, mesmo, o motor turbodiesel, embora sem que se saiba se estamos em presença de um 1.9 TDI, ou já de um já mais moderno 2.0 TDI. Tal como, aliás, se desconhece se, do conjunto de orgãos, faz parte uma caixa manual de seis velocidades ou, pelo contrário, uma transmissão automática de apenas cinco relações.
Divulgado é, sim e desde já, o preço pedido por este verdadeiro "one-off": 3.000 Euros. Basicamente, aquilo que dissemos no início deste artigo - uma verdadeira pechincha!...