Empresa pública responsável pela gestão da rede de mobilidade elétrica nacional, a Mobi.E acaba de anunciar a cobrança de uma nova tarifa, a aplicar nos carregamentos feitos nos pontos públicos de carga para veículos elétricos.
Ao contrário do que acontece noutros países, em que é necessária a contratualização de roaming com plataformas privadas, as quais, por sua vez, cobram adicionalmente comissões, em Portugal, o acesso à rede de postos de carregamento é universal e livre, sem que seja cobrada qualquer valor adicional. Algo que, no entanto, vai mudar, já a partir do próximo dia 1 de maio.
Em comunicado, a empresa pública responsável pela gestão da rede de mobilidade elétrica nacional, Mobi.E, anuncia que, a partir desta data, os Comercializadores de Eletricidade para a Mobilidade Elétrica (CEME), os Operadores de Pontos de Carregamento (OPC) e Detentores de Pontos de Carregamento (DPC), vão passar a pagar a Tarifa da Entidade Gestora da Rede de Mobilidade Elétrica (EGME). Taxa que, garante a empresa, não tendo aplicação directa nos utilizadores, começará a ser cobrada, de acordo com os seguintes valores:
- Tarifa da EGME aplicável aos Comercializadores de Eletricidade para a Mobilidade Elétrica (CEME): 0,1657€/carregamento;
- Tarifa da EGME aplicável aos Operadores de Pontos de Carregamento (OPC): 0,1657€/carregamento;
- Tarifa da EGME aplicável aos Detentores de Pontos de Carregamento (DPC): 0,0385€/dia/ponto de carregamento.
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A Mobi.E recorda, ainda, que, desde o início da fase plena do mercado da mobilidade elétrica, a 1 de julho de 2020, tem vindo a transferir, de forma gradual, as competências para os agentes de mercado. Isto, numa altura em que a rede de carregamento conta, segundo a mesma empresa, com uma cobertura geográfica de superior a 90% dos municípios, assim como com uma rede com mais de 1.650 postos de carregamento e mais de 3.400 tomadas.
"Com esta alteração, é dado mais um passo para a plena implementação da fase de mercado da mobilidade elétrica em Portugal, sendo um importante contributo para assegurar a sustentabilidade do funcionamento do modelo Mobi.E dentro do princípio utilizador-pagador", comenta, sobre a instauração desta nova tarifa, o Presidente da Mobi.E, Luís Barroso.
Resta, agora, aguardar, para ver de que forma esta tarifa se reflectirá nos valores a pagar pelos consumidores...