Fomos até Roma para conduzir o novo Mitsubishi ASX, cuja versão de acesso terá o motor de um litro a gasolina com 90 cv. Em outubro chega o frugal bifuel a GPL, com este mesmo motor. A gama nacional inclui ainda o 1.3 litros a gasolina, com caixa manual ou automática. Preços, a partir dos 24 500€.
Fomos até à capital italiana para dar uma volta com a geração de 2024 do Mitsubishi ASX, que chega ao nosso mercado já no final de junho com a frente renovada, e não só…
Uma experiência emocionante, mais pelo rocambolesco ambiente rodoviário transalpino, onde todos se atrapalham mas ninguém buzina, do que propriamente pelo fator novidade do SUV-B da marca japonesa que, como os nossos bem informados leitores já sabem, é uma cópia exata do Renault Captur.
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O que muda é apenas a estética, as funcionalidades de conectividade e o equipamento de segurança e assistência à condução. Uma atualização em diversas linhas que reforça os argumentos do ASX, que assim segue as pisadas do francês em termos de renovação mas que pisca o olho aos incondicionais da marca japonesa, com o seu próprio emblema. Na grelha e no volante.
HEV não vem
A nossa experiência começou com a versão híbrida HEV (auto recarregável), com a tecnologia E-Tech da Renault. Combina uma unidade a gasolina de 1,6 litros de origem Nissan com dois motores elétricos (um deles como gerador). A transmissão é automática multimodo e dispensa embraiagem.
Com os seus 142 cv de potência combinada, esta é a unidade mais despachada da gama. É a mais agradável de conduzir na cidade, onde percorre bastantes troços no modo elétrico puro. No entanto, não tem bilhete de entrada em Portugal, pelo menos para os próximos tempos. Talvez porque o seu preço resultaria pouco convidativo…
Não vale portanto a pena ficarmos muito entusiasmados com a sua autonomia total de 900 quilómetros. Nem com o facto de poder fazer até 80% do percurso urbano em modo elétrico, com médias de 4,6 l/100 km.
1.0 e 1.3 mesmo a chegar
Foquemo-nos portanto nos que vêm já no final deste mês. Especialmente no 1.0 MPI-T de três cilindros com 90 cv (160 Nm e 5,7 l/100 km). É o mais magrinho de forças mas o mais acessível para já, com a marca a apontá-lo para os 24 500 euros.
Nessa altura chega também o 1.3 Di-T, também a gasolina com turbo e ajuda elétrica ligeira (alternador de arranque). Este em duas versões: caixa manual de seis (140 cv e 5,7 l/100 km) ou caixa automática de sete (160 cv e 5,8 l/100 km).
[https://www.turbo.pt/wp-content/uploads/2024/06/MitsubishiASXRestyl2024_grelhafrontal.jpg,https://www.turbo.pt/wp-content/uploads/2024/06/MitsubishiASXRestyl2024_grelhafrontal2.jpg,https://www.turbo.pt/wp-content/uploads/2024/06/MitsubishiASXRestyl2024_letteringASX.jpg,https://www.turbo.pt/wp-content/uploads/2024/06/MitsubishiASXRestyl2024_farolim.jpg,https://www.turbo.pt/wp-content/uploads/2024/06/MitsubishiASXRestyl2024_luzdiurna.jpg,https://www.turbo.pt/wp-content/uploads/2024/06/MitsubishiASXRestyl2024_letteringtras.jpg]Lá para outubro chega outro elemento importante para os mais despidos de preconceitos: o 1.0 a bi-carburação, ou seja, capaz de queimar tanto gasolina como gás de petróleo liquefeito (GPL). O tal combustível que custa metade da gasolina e de que os TVDE tanto gostam. Se será atraente no preço ou não, ainda não sabemos porque a tabela final só será dada a conhecer no próximo dia 5 de julho. Os equipamentos também estão por definir.
Entretanto verificámos que o ASX está mais moderno em matéria de sistema multimédia. O ecrã central vertical de 10 polegadas é agradável, à vista e ao toque. Permite acesso fácil às novas funcionalidades Google incorporadas (Google Maps, Google Play, Google Assistant com comandos por voz…). E está bem enquadrado com a posição de condução. Também gostámos de ver o Maps na instrumentação, digital e configurável. A app My Mitsubishi permite controlar diversas funções através do smarphone e podem agora fazer-se atualizações do sistema pela cloud (OTA).
Carregado de segurança
Outro capítulo com grande evolução é o da segurança e assistência à condução, para obedecer às novas normas. O ASX inclui assistente ativo de fila de rodagem, agora sensível ao final da banda de asfalto e não apenas às guias, como até aqui.
[https://www.turbo.pt/wp-content/uploads/2024/06/MitsubishiASXRestyl2024_tablier.jpg,https://www.turbo.pt/wp-content/uploads/2024/06/MitsubishiASXRestyl2024_posiçãocondução.jpg,https://www.turbo.pt/wp-content/uploads/2024/06/MitsubishiASXRestyl2024_volante.jpg]Outro ganho é o sistema de travagem automática para evitar a colisão múltipla. O carro trava depois de sofrer um impacto, para não ir bater noutro. Uma situação que, segundo a Mitsubishi, ocorre em 25 por cento dos acidentes. E é responsável por 8% das fatalidades e 4% dos feridos graves. Dados surpreendentes!
O sistema Mi-Pilot mantém o ASX centrado na sua faixa de forma automática. O sistema Driver Attention Monitor faz um alerta sonoro e sugere um café em caso de sonolência do condutor. O Around View Monitor reúne sensores ultrassónicos e câmaras para ajudar nas manobras lentas, incluindo o Park Assist, para estacionamento autónomo.
Carros, bicicletas e peões que se cruzem na traseira ao sair do parque ou ao abrir as portas são também detetados e resultam num alerta, incluindo do lado do passeio.
Quais as versões que incluem tudo isto é ainda uma incógnita por alguns dias. Mas a garantia de cinco anos ou 100 mil quilómetros é dado adquirido.