A decisão parece estar tomada: segundo garante uma fonte interna da marca britânica, Oliver Zipse, o CEO do grupo BMW, apresta-se para anunciar, já esta semana, que a Mini tornar-se-á uma marca exclusivamente elétrica. Já em 2030.
A revelação foi feita à Automotive News Europe, por "uma fonte conhecedora do processo", refere o mesmo site. Acrescentando que, na sequência desta decisão, a Mini deverá apresentar o seu último modelo equipado com motor de combustão, já em 2025.
Ainda de acordo com a mesma fonte, as expectativas do grupo alemão é que a, apenas dois anos da apresentação deste modelo, ou seja, em 2027, 50% das vendas mundiais da Mini sejam já de elétricos.
LEIA TAMBÉM
À venda em Março. Mini de cinco portas recebe atualização
Três anos depois, em 2030, o mesmo ano em que, no Reino Unido, deixarão de ser permitidas vendas de automóveis novos com motores de combustão, também a Mini passará a vender, exclusivamente, veículos elétricos.
Embora esta estratégia não seja ainda oficialmente conhecida, as informações recolhidas pela mesma publicação referem que o anúncio da mesma deverá acontecer ainda durante esta semana, mais concretamente no dia 17 de março, data em que o BMW Group tem previsto divulgar os seus últimos resultados anuais.
A decisão, no entanto, implicará um enorme esforço, quer da parte da Mini, quer do próprio grupo, até porque, atualmente, a marca britânica apenas possui um modelo elétrico na sua gama - o Mini Electric.
Os primeiros estudos
Contudo e possivelmente já com esta transformação em mente, a Mini apresentou, recentemente, o concept Vision Urbanaut, um invulgar MPV autónomo e elétrico, que a marca assumiu poder passar à produção em 2027.
Entretanto e impulsionada por esta nova mudança de estratégia, tudo indica que a marca poderá dar a conhecer, em breve, a primeira etapa daquele que será o seu futuro e primeiro crossover elétrico. Modelo que deverá estrear uma nova plataforma desenvolvida em conjunto com o parceiro chinês Great Wall Motors e que poderá, também, recuperar a designação Paceman, já desaparecida.
De resto, a fábrica de Zhangjiangang, local onde este novo modelo está previsto ser fabricado, deverá começar a laborar já a partir do próximo ano, recorda a britânica Autocar.
Aliás, a união de esforços entre o Grupo BMW e a marca chinesa de modelos todo-o-terreno Great Wall Motors não deverá ficar por aqui, já que, na calha, deverá estar, ainda, uma versão 100% elétrica da futura geração do Mini hatchback, cuja produção deverá ser, igualmente, na China, com base numa plataforma da Great Wall Motors.
Igualmente no horizonte, poderá estar um pequeno EV, que poderá receber o nome de Traveller, e que recorrerá a arquitectura FAAR da BMW, uma derivação da conhecida UKL, que tem como principal particularidade o facto de ter sido desenhada especificamente para veículos elétricos, mas também híbridos.