A Mini prepara a maior revolução de sempre, desde que passou para as mãos da alemã BMW. Depois do salto rumo ao futuro, que foi o lançamento do primeiro modelo 100% elétrico, a Mini prepara-se agora para fazer crescer ainda mais a sua gama, não com um, mas dois novos SUV; um deles, com as dimensões do X3!
A notícia é avançada pela também britânica Autocar, revelando, desde logo, que, estes dois novos SUV da Mini, terão sistemas de propulsão distintas: um deles será elétrico, fruto de uma joint-venture com o fabricante chinês de veículos todo-o-terreno Great Wall Motors, ao passo que, o segundo, recorrerá a um motor de combustão, assente naquela que passará a ser a mais moderna e evoluída plataforma modular do BMW Group.
Estes dois modelos, acrescenta a mesma publicação, que cita fontes supostamente com conhecimento destes planos, levarão a Mini para segmentos totalmente novos para a marca, permitindo-lhe alcançar todo um novo leque de clientes, que hoje em dia não consideram os produtos deste fabricante.
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Relativamente ao futuro SUV elétrico, a revista refere ainda que irá beber inspiração ao concept Rocketman, ainda que, ao contrário deste, esteja já definido que o modelo resultado desta nova joint-venture germano-chinesa, apresentará uma carroçaria de cinco portas e de dimensões semelhantes à do BMW X1. Tendo por base, revelam ainda fontes de Munique, uma nova plataforma co-desenvolvida pelos dois parceiros, à qual se juntará uma nova geração de baterias sem cobalto, desenvolvidas pela SVolt - uma antiga divisão da Great Wall que, em 2018, se tornou independente.
Este novo Mini elétrico, que inclusivamente poderá adoptar o nome Paceman e deverá fornecer a base ao próximo BMW i3, será produzido na China, perto de Xangai, numa nova unidade fabril que, neste momento, se encontra em produção. E onde, a partir de 2020, passarão a ser fabricados, tanto modelos da Mini, como da Great Wall.
Aliás e no seguimento desta parceria, deverá nascer ainda um pequeno hatchback, cujo desvendar, no entanto, só deverá acontecer lá mais para a frente.
Rival directo do X3?
Quanto ao segundo SUV, as mesmas fontes referem que será uma proposta de dimensões maiores, que pode, inclusivamente, fazer ressuscitar o nome Traveller, mas que, embora sendo visto como um modelo capaz de fazer disparar a vendas da marca britânica, só deverá chegar ao mercado dentro de quatro anos, ou seja, em 2024.
Numa altura em que a Mini procura recuperar do segundo ano consecutivo de quebras nas vendas, em 2019, este novo Mini, que o CEO da Mini, Bernd Körber, já comparou, inclusivamente, ao BMW X3, promete vir a ser o modelo de maiores dimensões na oferta da marca britânica.
De resto e embora ainda numa fase inicial de desenvolvimento, Körber revelou à Autocar que, um modelo destas dimensões, ainda que difícil de imaginar numa marca como a Mini, é uma necessidade, decorrente do próprio mercado. Funcionando "não só como resposta à procura crescente de SUV, mas também para avaliarmos se precisamos, mesmo, de um SUV compacto".
Este novo modelo deverá utilizar a já conhecida plataforma CLAR da BMW, o que, entre outras vantagens, permitirá que o modelo possa vir a ser produzido nos EUA. País que é visto pela Mini como o mercado preferencial para este novo modelo, que assim passará a ser fabricado no mesmo local dos BMW X3, X5, X6 e X7.
Fruto também desta decisão, este próximo Mini tornar-se-á, igualmente, no primeiro modelo da marca, com motor montado longitudinalmente.
Próximo Mini já em desenvolvimento
Entretanto, o CEO da Mini revelou, igualmente, à Autocar, que a próxima geração do pequeno hatchback, está também já em desenvolvimento, tudo apontando para que possa vir a exibir-se nos concessionários, até ao final de 2022.
Ainda segundo este responsável, a nova geração do icónico Mini deverá tornar-se, no entanto e ao contrário dos modelos já referidos, mais compacto, mas não menos espaçoso, oferecendo, igualmente, toda uma nova experiência de vida, no seu interior.
A par destas novidades, o modelo deverá trazer consigo um vasto leque de motorizações, incluindo novos sistema de propulsão Mild Hybrid de 48V com filtros de partículas e sistemas como o desligar automático do motor quando a velocidades estabilizadas e recuperação de energia na travagem, a começar nas versões One, Cooper e Cooper S.
Garantida está, ainda, a continuidade de propostas como o recentemente introduzido Mini Electric, cuja segunda geração trará um motor elétrico mais eficiente e baterias mais modernas, capazes de garantir maiores autonomias, além de uma capacidade de carregamento rápido até 150 kW. O mesmo acontecendo com as versões de maior performance, o John Cooper Works e o GP, assim como com o Clubman e Countryman, todos eles com lugar assegurado na gama.