A Mini acaba de divulgar grande parte das características técnicas dos modelos que representarão a próxima revolução elétrica na marca inglesa e que começará com a primeira versão zero emissões do Countryman. A que se seguirá o novo Cooper EV, assim como o já antevisto - como concept - Aceman...
Nascido no já distante ano de 2010 e hoje em dia o grande best-seller na oferta da Mini, o Countryman prepara-se para dispor, pela primeira vez na sua existência, de uma variante 100% elétrica. Cuja chegada fica, de resto e desde já, agendada para fevereiro de 2024.
Entretanto e num evento em que participou a também britânica Autocar, a Mini desvendou alguns dos aspectos técnicos que estarão na base, não apenas deste novo Countryman, como também daquelas que serão as versões zero emissões do hatchback Cooper e do novo crossover Aceman.
Sobre o Countryman, coube à CEO Stefanie Wurst revelar, em declarações também à mesma publicação, que o modelo voltará a crescer em dimensões, não apenas para responder à procura dos clientes Mini por carros maiores, como também para que a gama possa assimilar o novo modelo.
Baseado na mesma plataforma FAAR que serve de base à terceira geração do BMW X1, assim como ao estreante iX1, o futuro Countryman adoptará uma estética substancialmente diferente do atual, mais quadrada e offroad, e que partilhará tanto com o Cooper Electric, como com o Aceman. Sendo que, desta transformação, farão também parte ópticas dianteiras mais angulares.
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Já no capítulo técnico, Wurst revelou que o Countryman EV será proposto com uma de duas baterias, a da versão base Countryman com 54 kWh, enquanto a do topo de gama SE anunciará 64 kW. Sendo que, no primeiro caso, a opção por uma configuração de um só motor elétrico conduzirá a uma potência máxima de 191 cv, ao passo que, no SE, a conjugação de dois motores garantirá não apenas 272 cv, como também tracção integral permanente - argumento que, diga-se, apenas este modelo terá, já que o Aceman, embora sendo um crossover, só disporá de tracção dianteira.
Cooper EV com 218 cv e perto de 290 km de autonomia
Passando ao hatchback Cooper EV, que, tal como o Countryman EV, será comercializado lado-a-lado com versões a combustão, beneficiará, desde logo, do facto de passar a dispor de uma plataforma dedicada, que não a FAAR que serve de base às versões a combustão, e cujo desenvolvimento está, para já, entregue à chinesa Spotlight Automotive, empresa resultante de uma joint-venture entre o BMW Group e a Great Wall Motors.
A aplicar neste nova plataforma, um trem de força de um só motor elétrico, a anunciar dois níveis de potência: 184, no caso da versão base, e 218 cv, no SE. Sendo que e segundo avançam algumas notícias, na calha estará, igualmente, uma nova e ainda mais potente versão JCW, a qual, segundo avança a Autocar, poderá chegar em 2025, enquanto rival do recentemente revelado Abarth 500e e do futuro Alpine R5.
Quanto a baterias, este novo três portas chegará ao mercado com duas soluções, com 40 e 54 kWh, e a anunciarem, no mínimo 386 quilómetros de autonomia.
Nas declarações à publicação inglesa, a CEO da Mini revelou, ainda, que o novo Cooper EV deverá apresentar-se com um preço abaixo das 30 mil libras esterlinas, ou seja, pouco abaixo dos 34 mil euros à cotação atual. Com o fabricante a prever, igualmente, que esta versão 100% elétrica possa chegar ainda antes das versões a combustão, previstas para julho de 2024, e, mais concretamente, durante o mês de maio de 2024.
Aceman como substituto do Clubman
Finalmente e no que diz respeito ao Aceman, cujo lançamento só deverá acontecer em 2025, o facto de, segundo algumas notícias, ostentar um comprimento a rondar os quatro metros, leva a pensar que poderá ser uma espécie de substituto do Clubman. Neste caso e tal como o três portas, com origem na China e tendo por base uma versão esticada da plataforma desenvolvida pela Spotlight Automotive.
De resto e embora encarado como uma espécie de rival do aguardado Jeep Avenger EV, o Mini Aceman deverá recorrer à mesma escolha de sistemas de propulsão do Cooper, com baterias de 40 e 54 kWh. Ainda que e por se tratar de uma proposta maior e mais pesada que o hatchback, com menores autonomias que o três portas.