Aguardada para 2023, a quarta geração Mini promete uma das maiores revoluções desde que a marca britânica foi ressuscitada pela BMW, em 2001. Embora o seu CEO, Bernd Körber, saliente que, a exemplo do que acontece com a Porsche e o 911, a fórmula original do Mini de 3 portas, manter-se-á.
Muitos dos rumores foram, inclusivamente, já confirmados pela própria marca britânica: a próxima geração Mini registará uma das maiores revoluções que o modelo já teve, desde que voltou à vida, no início deste milénio.
Além de uma versão Countryman totalmente reformulada e que virá acompanhada de um novo SUV compacto, também aquela que é a versão "original", o Mini de três portas, deverá sofrer alterações profundas, a começar num encolher das dimensões exteriores, assim como na adopção de uma oferta mais variada em termos de propulsores - não apenas a gasolina, mas também 100% elétricos.
No entanto e mesmo com esta transformação, Bernd Körber, o actual homem forte da marca britânica, garante que o próximo Mini continuará fiel àquela que é a filosofia original do modelo.
Garantindo que a abordagem a esta nova geração, foi, desde o primeiro momento, "não se atrevam a estragar um ícone", Körber compara, inclusivamente, a forma como sua equipa tem lidado com o Mini de três portas, com a forma como a Porsche abordou o desenvolvimento do actual 911.
"O desenvolvimento do 911 teve vindo a ser realizado de forma cuidadosa, ao longo dos anos, porque este modelo é aquilo que a Porsche representa", afirma, em declarações à britânica Autocar, o gestor alemão. Salientando que, "o mesmo se passa connosco" e com o Mini hatchback.
Numa altura em que o fabricante se prepara para aumentar, ainda mais, o seu portfólio, Körber defende, "importante, é que todo o portfólio apresente o ADN Mini", sendo que, "depois de mais de 60 anos já cumpridos, é preciso que o Mini dê um passo audacioso em frente, sem deixar de manter-se fiel àquela que é a sua referência, o Mini de três portas".
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"Aquilo que os clientes vão poder ver, em 2023, é que nós modernizámos o Mini hatchback, através de um enorme passo em frente - o maior, nos últimos 20 anos -, sem que, para isso, o modelo tenha deixado de ser reconhecido como um Mini".
"Vamos manter aquilo pelo qual o Mini é conhecido"
A mesma ideia é veiculada pelo director de Design da Mini, Oliver Heilmer, para quem, embora a marca tenha de estar preparada para se reinventar "a cada dia", desenvolvendo propostas como o recentemente apresentado Urbanaut Concept, "à medida que nos aproximamos do final do desenvolvimento do próximo Mini hatchback, mais cuidado temos de ter em não mudar demasiado, com um só passo".
Assim, "vamos manter aquilo pelo qual o Mini é conhecido: não só o design, mas também proporções, sensação de condução e personalidade amigável", conclui.