Mercedes segue tendência e esquece diferenciação elétrica

Afinal, já não é só a Audi a meter a marcha-atrás na diferenciação, nos nomes, entre veículos a combustão e veículos elétricos. Pelo contrário, agora é a Mercedes que admite o fim de designações diferentes para as duas motorizações e até mesmo das letras EQ …

Depois do anúncio da adesão plena à mobilidade elétrica até 2030, os fracos resultados comerciais dos elétricos na Europa e EUA continuam a obrigar a Mercedes-Benz a repensar a sua estratégia. E não somente em termos de motorizações e design, como, também e agora, no que a nomes de modelos diz respeito.

Segundo revelou um porta-voz da marca de Estugarda à Automotive News Europe, a Mercedes está a ponderar abandonar a designação específica que tinha delineado para os seus veículos elétricos (EV), deixando, inclusivamente, de fora, a sigla EQ. A qual será substituída pela denominação “Tecnologia EQ”, colocada logo a seguir ao nome do modelo que, de resto, também será proposto com motor de combustão interna.

Aliás, recorda a publicação, esta mesma estratégia foi já utilizada na nova geração Classe G, apresentada ainda em 2024, em que a versão G580 adopta a denominação “Tecnologia EQ”.

Entretanto, as notícias apontam no sentido de que o próximo modelo a adoptar a designação “EQ Technology” possa ser o novo CLA, cuja apresentação está agendada para o próximo mês de março. E que, de acordo com a estratégia já anunciada pela Mercedes, para o modelo, deverá ser comercializado também com propulsão híbrida plug-in, a qual assumirá a designação de “EQ Hybrid Technology”.

Por saber fica, no entanto, se as versões híbridas leves, para as quais a Mercedes desenvolveu uma nova tecnologia, adoptarão, igualmente, uma designação específica ou semelhante, ou se, pelo contrário e a exemplo das variantes exclusivamente a combustão, optarão, apenas e só, pelo nome “CLA”.

Lineup reestruturado

Quanto ao futuro lineup, que passa igualmente por uma revisão, a marca da estrela mostrou já os substitutos do EQA e EQB, os quais passarão a fazer parte das gamas GLA e GLB, respetivamente, sendo que, a caminho, deverá estar também o sucessor do CLA Shooting Brake (com ou sem versão elétrica, é algo que ainda não se sabe).

Descartados, pelo contrário, parecem estar os sucessores, tanto do Classe A, como do Classe B, com todas as notícias a indicarem que ambos os modelos estão à beira do fim.

Também já confirmado foi um novo GLC elétrico, que, no entanto, perderá a designação EQC, seguindo-se-lhe as novas berlinas elétricas Classe C e Classe E. Quanto ao EQE, não se sabe se continuará a ser comercializado, em paralelo.

Dezanove novos modelos a combustão até 2027

A terminar, vale a pena recordar que, depois da desaceleração na transição para um futuro 100% elétrico, a Mercedes tem previsto o lançamento de, nada mais, nada menos, que 19 novos modelos a combustão, mais 17 elétricos, até ao final do 2027.

Desta ofensiva, que o próprio fabricante descreve como “a maior campanha de lançamento de produtos de sempre”, faz, inclusivamente, parte o já muito falado “pequeno G”, a posicionar abaixo do emblemático Classe G.

Também na calha, deverá estar uma variante puramente elétrica do porta-estandarte Classe S, desenvolvida já a partir da próxima geração, e que poderá chegar ao mercado no início da próxima década (2030).

No entanto e ainda disso, o executivo de Estugarda deverá receber uma “grande atualização, conforme já descreveu a própria Mercedes, em princípio, já em 2026.